Helen descansa no sofá assistindo televisão quando o filho de Renata
leva choque ao colocar o dedo na tomada. Ele começa a chorar bastante e Helen pega
o menino às pressas, tentando tranquilizá-lo. Walter chega e a encontra aflita.
- O que aconteceu?
- O menino levou um choque na tomada. – Diz ela, fazendo o menino parar
de chorar nos braços.
Ao ouvir aquilo, Walter dispara:
- Mas essa Renata está onde que nem cuida do filho direito?
- Por favor, Walter agora não!
- Até quando, mulher você vai tomar conta do filho da Renata? Ela é uma
irresponsável e não está nem se importando com o filho.
- Eu sei que o que ela está fazendo é errado, mas enquanto ele estiver
comigo, eu vou cuidar porque o menino não tem culpa da mãe que tem.
- Concordo, mas isso não é responsabilidade sua, mulher! Eu estou farto
de ver a Renata nessa casa. Ou ela vai embora ou vou despachar as coisas dela
da porta pra fora. – Rebate Walter indignado.
- Eu vou conversar com ela novamente ta bom? Nem que seja a última vez. – Diz a mulher, totalmente perdida.
Elaine decide dar apoio à filha em sua decisão e diz que vai ser melhor
assim.
- Estou contigo e não abro mão, tu sabe né?
- Sim, mãe! Obrigada por me abrir os olhos.
- Você tinha que se decidir, minha filha para que um deles pudesse se
libertar dessa situação toda.
- Entendo. Eu não quero que haja um conflito em família. Por mais que eu
goste dos dois, eu sei que vai ser difícil continuar mentindo. – Diz Pamela
decidida e Elaine decide abraça-la nesse instante.
Enquanto isso na mansão, Humberto analisa alguns documentos em seu
escritório quando uma empregada chega batendo na porta.
- Pode entrar! – Diz ele, gentil.
Ao entrar, a empregada lhe traz um comunicado:
- Senhor, tem visitas!
- Estranho. Não espero por ninguém. Quem é? – Pergunta o empresário.
- É uma mulher chamada Wanda. – Responde a empregada.
Humberto surpreso vai de encontro à Wanda que o espera na sala.
- Eu não esperava por sua visita ainda mais em minha casa.
- Nem eu sequer pensava que um dia pisaria aqui novamente.
- Mas você está bem?
- Sim. Precisamos conversar e tem que ser em particular. – Diz ela,
séria deixando ele mais sério ainda. – É importante!
Ao entrar no escritório, Humberto convida Wanda a se sentar e se ajeita
sobre a mesa em seguida.
- Então, estamos à sós! Quer beber algo?
- Não, obrigada! – Agradece ela.
- Até agora, me sinto surpreso por vê-la aqui. Em nossa última conversa,
você deixou bem claro que não queria mais nada comigo.
- Vamos esquecer aquela conversa ok? O assunto que me traz aqui é outro.
- Tudo bem. A que se refere então?
Nessa hora, Wanda se toma com bastante coragem e revela:
- Eu tive uma filha com você. E eu a criei com amor e bastante carinho.
- Filha? Mas por que não me contou antes?
- Eu errei, mas sinto que se eu não contasse isso agora, mais cedo você
descobriria a verdade.
Humberto fica pasmo com a revelação de Wanda e questiona:
- Ela sabe de minha existência?
- Por isso que estou aqui. Ela sabe e quer te encontrar a qualquer
custo. Mesmo que eu tente impedir, ela não vai desistir.
- Desculpa, mas eu vou ter que beber algo.– Diz ele, se levantando e pegando
um copo de uísque. – Caramba, não esperava por isso.
- Ela se chama Daniela. – Declara Wanda, sem rodeios.
- É um nome bonito. – Diz ele sério. – Eu estou em choque com essa
história, mas estou feliz ao mesmo tempo. Tivemos uma relação marcante no
passado.
- Eu não quero falar de nós, Humberto. Eu só queria que soubesse da
verdade, por mais que isso seja difícil pra mim. Eu tentei impedir que a Dani
pudesse ter informações suas, mas ela está totalmente decidida no que quer.
- Ela é teimosa como a mãe. Já gostei dela!
- Mas existe uma preocupação maior nessa história toda. – Revela Wanda, mudando
o tom da conversa.
- Eu já imagino de quem esteja falando.
- Sua filha Veronica não vai aceitar que você reconheça a Dani.
- A minha filha não manda em mim, Wanda. Fique tranquila! – Diz
Humberto, sério. – Agora, preciso que me responda uma pergunta.
- Faça! – Responde ela.
- Quando posso conhece-la?
Wanda fica séria.
Enquanto isso, Pamela combina um encontro com Robson e Shania fica um
pouco preocupada com o assunto.
- Eu preciso fazer isso, amiga! Não posso mais mentir pra ele.
- Sim. Você está certa. Tenho receio da reação do Robson. – Diz Shania.
- Receio de que? Sou adulta e tenho controle sobre minhas decisões. Ele
vai achar alguém melhor que eu.
- Bom, se é assim eu estou contigo!
- Amizade verdadeira nunca morre.
Pamela abraça Shania com carinho e a consola, avisando de que tudo vai
dar certo.
Horas depois, Robson vai no encontro marcado e encontra Pamela sentada
de frente à praia do anil, ali próximo das três estátuas dos reis magos.
- Eu vim o mais rápido que pude. – Diz ele, um pouco ansioso.
- Eu preciso conversar um assunto sério com você e até peço desculpas
por não adiantar nada por telefone.
- Sua mãe está bem? Está acontecendo algo com você ou com ela?
- Não é isso! Fique tranquilo. Está tudo certo. Eu apenas tomei uma importante
decisão sobre um assunto.
- Mas que tipo de decisão?
- Em alguns dias, estou indo pra Paraty pra passar um tempinho na casa
de minha tia.
- Estou ciente disso e te falei que eu poderia te visitar lá se você
quiser.
Praia do Anil - Angra dos Reis/RJ |
"Apesar de ser imprópria para banho, a Praia do Anil é um lugar somente de passagem. Fica localizada na parte central da cidade e possui um extenso calçadão ao seu entorno, onde os moradores fazem bastante caminhadas."
- Eu sei disso, Robson mas o fato é que eu pensei bastante em relação à
nós dois.
- O que tem haver essa viagem pra Paraty com a gente? Não estou
conseguindo entender nada.
- Eu... – Pamela tenta dizer algo que a incomoda por dentro. – Eu amo
outra pessoa! Desculpa!
Robson fica sério ao ouvir aquilo.
Dani chega em casa apressada, avisando que chegara, trazendo várias
sacolas nas mãos.
- Mãe, eu trouxe o que a senhora me pediu. Acredito que não faltou nada!
Percebendo que ninguém respondera, ela estranha e decide ir pra cozinha
pra colocar as coisas sobre a mesa.
- Mãe, cadê a senhora?
Ela começa a desembrulhar as coisas quando Wanda surge na porta da
cozinha.
- Filha?
- Mãe, que susto! – Se assusta Dani quase jogando um produto no chão.
- Desculpa. Preciso que conheça uma pessoa. Venha! Deixe tudo aí! – Diz ela,
pegando na mão da filha e a levando até a sala.
Dani a acompanha um pouco preocupada e Wanda se sente firme de sua
atitude.
Humberto já estava à sua espera, sentado no sofá da sala e se levanta
quando Dani chega e o encontra, acompanhado da mãe.
- Esse é Humberto Fontana, minha filha! Seu pai! – Ela o apresenta.
Dani fica chocada com a surpresa da mãe.
Renata chega em casa e encontra Helen séria na sala.
- Helen, você não imagina o que aconteceu. Eu estive no salão hoje e uma
mulher acabou passando vergonha, acredita? Parece que ela estava devendo e a
atendente não quis fazer o serviço de graça. Cara de pau né dessas mulheres que
ficam devendo os outros?
Helen fica mais séria ainda e acaba disparando um comentário:
- Você fala dos outros, mas é cara de pau também.
- Como assim, Helen?
- Como assim! Eu estou cansada de ver suas atitudes em relação ao seu
filho. Às vezes, eu acho o Walter ignorante, mas tem pontos que ele fala e que
dou até razão. Por mais que eu goste do seu filho, eu não sou obrigada a cuidar
dele porque quem é mãe dele é você e não eu, Renata.
- Calma, Helen!
- Você ainda me pede calma? Estou sempre fazendo de tudo para manter o controle
da situação dentro dessa casa, mas você não colabora. Invés de estar procurando
um serviço pra arrumar uma casa pra morar com o seu filho, você vai pra rua
bater pernas e se divertir como se tudo estivesse resolvido.
- Eu não tenho culpa que ninguém me chama pra trabalhar, Helen. Eu estou
correndo atrás e eu sei que não é sua obrigação cuidar do meu filho. Eu
reconheço isso de coração!
- Graças à Deus que você reconhece, Renata.
- Me desculpa de coração, mas eu quero sair daqui com o seu filho até
porque eu sei que o Walter se sente incomodado com minha presença. Eu sinto
isso desde que vim morar com vocês.
- Por ele, vocês já tinham ido embora. Eu que estou tentando sempre te
ajudar porque o seu filho precisa de um lar. Ele é uma criança e não tem culpa
da mãe que tem.
- Helen, eu vou embora dessa casa. Fique tranquila! Eu vou ver um serviço
pra mim e resolver essa situação.
- Eu não posso te dar mais tempo, Renata! Você precisa sair daqui e logo. – Diz Helen, séria e sem piedade. – Desculpa, mas não posso te ajudar mais!
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