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Nono Capítulo de Perdidos de Saudade


Beatriz a segura por trás e diz:
- Minha irmã não faça isso!
- Eu te odeio. – Mateus diz a mãe, ocultando o seu rosto. - Nunca mais eu quero te ver.
- Desculpa, filho! Você provocou isso.- Responde Betina.
- Fora da minha frente! -Ele grita.
Beatriz leva a irmã pra fora e deixa Mateus no quarto.
- Eu odeio a senhora. Eu odeio. -Ele fala alto, com as mãos tapando seus ouvidos.
Beatriz fica tensa com aquela situação e Betina fica cheio de raiva.

Nesse momento, um pressentimento bate no coração de Martha que desperta de um cochilo.
- Ah, o que houve?
- Senhora, está tudo bem? - Pergunta a empregada Dulce.
- Sim. Eu acabei dormindo.
- Eu vi. Não quis assustá-la.
- Não me assustou. O que está fazendo?
- Eu decidi fazer o bolo que a senhora mandou.
- Me esqueci completamente.
- Tem certeza que a senhora está bem mesmo?
- Sim, eu estou. A discussão com a minha mãe me deixou bastante confusa.

Pensamento

- Senhora, eu conheço uma pessoa que pode lhe ajudar á procurar seu filho.
- Quem? - Ela tira um café pra beber.
- Se a senhora acreditasse, eu a indicava.
- Não vai me dizer da vidente outra vez, né?
- Mas é dela mesma que eu estou falando.
- Eu já te disse que eu não acredito nessas previsões.
- Senhora, tenta. Talvez ela a ajude. Quem sabe o seu filho não está perto daqui.
- Tudo bem! Mas eu vou pensar no assunto, ok!
- Pensa com carinho, senhora. Ela resolverá tudo.
- Mesmo assim, não acredito em previsões, mas quem sabe, um dia, eu não posso acreditar, né? -Diz Martha, tomando um gole de café.
Mariana chega do hospital irada, fechando a porta com toda a força e Martha a estranha. A empregada fica assustada.
- Oh meu padre Cícero, o que houve com essa menina benza Deus? -Diz a empregada.
- O que houve? - Pergunta Martha.
- Aquela infeliz da Sandra outra vez!-Responde Mariana.
- Acho que você entrou num grande problema, filha.
- Mas isso não vai ficar assim, não. Eu vou fazer de tudo pra não perder o meu emprego na clínica. -Diz Mariana, que se recolhe aos braços da mãe.
- Fica tranquila filha! Tudo vai dar certo. -Diz Martha passando a mão em seus cabelos.

Adalberto encontra Vera em seu escritório.
- Você ainda por aqui? Pensei que estivesse em casa.
- Adalberto, eu preciso de um favor seu.
- Fale, Vera!
- Eu quero que você comece a jogar pesado contra Rubens.
- O que foi que ele fez agora?
- Ele não fez, mas se você der bobeira, ele vai fazer.
- O que está dizendo?
- Adalberto, meu genro. Abra os olhos com Rubens, pois ele está de olho no seu bem mais precioso.
- Vera, você está achando que ele quer pegar a minha mulher?
Vera sorri escancaradamente e diz:
- Por que? Você não acha o mesmo que eu? Eles foram namorados no início.
- Foi bem antes do meu casamento. Não devem ter nenhum sentimento oposto do que uma simples amizade.
- Então, por que ele voltou a freqüentar a minha casa de novo? - Pergunta ela, deixando ele sério.
Adalberto soca a mão contra a parede e olha para Vera sério.
- Você a viu com ela? - Pergunta ele.
- Não. Mas eu sinto que ela ainda gosta dele.
- Não é possível! Martha é minha mulher e me deve respeito. Ela jamais voltaria a pensar nessa hipótese outra vez.
- Deixa de ser idiota Adalberto! Rubens e minha filha já tiveram um caso no começo. Ela nunca esqueceu ele e vice versa. Minha filha se casou com você sem sentimento algum. - Diz Vera falando alto e deixando ele transtornado.

Augusta ouve boatos dos vizinhos sobre a visita do prefeito na sua rua e decide perguntar.
- Mas ele vem mesmo?
- É claro, amiga. Ele vai fazer uma visita naquela Pestalozzi que abriram perto daqui.
- Então é a minha chance. Eu vou falar com ele sobre a minha casa, que está rachando e sofrendo com alagamentos.
- Augusta, ele vai vir aqui por outro motivo.
- Não importa. Eu vou pedir uma casa nova á ele. -Diz a ansiosa mulher, esperançosa e crente de que vai conseguir algo com ele.
Os vizinhos se entreolham quietos.

Enquanto isso, Beth faz o almoço quando Vívian chega.
- O seu filho está?
- Não. Ele acabou de sair. Mas foi bom você ter vindo. Quer almoçar comigo?
- Não. Obrigada. Eu só vim falar com o Carlos.
- Vívian, também queria falar contigo.
- Sim. Diga! - Ela senta ao seu lado.
- Não está na hora de você deixar o clube?
- Como assim, Beth?
- Veja bem. O meu filho não concorda com o seu trabalho. Eu vejo nos olhos dele o quanto sofre por ver a noiva dançando pra outros homens.

Centrada

- É o meu trabalho, Beth.
- Existem outras oportunidades melhores. Você poderia ser uma secretária, uma auxiliar de enfermagem, uma lojista.
- Eu não quero outro emprego, Beth. Tudo o que sei fazer é estar em cima de um palco.
- Sei. Dançando e se exibindo para qualquer homem. Vívian, essa profissão não me agrada nem um pouco sabia?
- Desculpa, mas eu não escolhi a profissão pra agradar ninguém. Só a mim mesma.
- Então, o meu filho não vai ser feliz com você, Vívian.
- Eu e ele conversarmos á respeito.
- E o que ele acha dessa situação?
- Eu sei que ele não concorda, mas pra ficar comigo, tem que aceitar o meu trabalho.
- Não sei, não. Você disse que iria encontrar uma substituta, mas até agora, nada.
- Eu não achei ninguém que estivesse apta á me substituir.
- O fato é que você não quer largar o clube, Vívian. Essa é a verdade!
- Por favor, eu não quero discutir isso.
- Vívian, eu sou mãe do Carlos. Eu o conheço desde pequeno. Portanto, não o faça sofrer mais como ele está sofrendo, porque se você fizer isso, eu não te perdôo e ponho você pra fora dessa casa. -Diz ela, séria deixando a jovem com uma cara totalmente fechada.

Alguns dias depois, Marcos encontra Vívian sentada no palco.
- Aconteceu algo, Vívian?
- Sim. Eu não estou bem.
- Eu tô vendo. O que houve?
- Sua mãe me deixou sem saída.
- O que ela disse?
- Talvez a verdade, Marcos. Eu não mereço o seu irmão.
- Como assim? Não estou entendendo.
- Carlos jamais vai aceitar o meu trabalho. Eu sei que vai ser difícil contar a ele que eu não quero sair daqui. Me entende?
- Eu entendo. Você gosta do clube, da dança.
- Marcos, eu amo o seu irmão, mas ele não me merece. Eu jamais sairia daqui pra escolher uma outra profissão. Gosto do que faço.
- Então, você vai ter que dizer isso a ele. Você precisa falar a verdade.
- Tem razão. Eu preciso. Só me falta coragem. -Diz Vívian.
Carlos chega na hora exata e Marcos avisa a Vívian.
- Chegou a hora. - Ele diz. - É a sua chance!
Vivian bebe um gole de água e respira fundo.

Amante da Poesia e Escritor aspirante à Autor de Telenovelas, focado em Marketing, Web Designer, ouvinte de boas músicas e Fã da saga Marvel.

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