Mariana encontra Orlando, um senhor que era meio
calvo e que tinha olhos claros, que a convida pra sentar diante do seu
gabinete.
- É uma grande honra tê-la conosco em minha
clínica.
- Obrigada, senhor! Eu me sinto muito honrada em
trabalhar com uma equipe tão profissional e dedicada.
- Pois bem, você já conhece os setores, né?
- Eu conheci alguns locais, senhor.
- Encontre o local de enfermagem e conheça os
funcionários que trabalham nessa área.
- Obrigada!
-Ela agradece, após receber um papel.
- Ah e seja bem-vinda em nossa equipe!
Mariana se levanta e aperta a mão de Orlando, que sorri
feliz.
- Fico grata por essa oportunidade.
O adolescente rebelde não aguenta mais a situação
que vive ao lado da mãe e decide ir embora de casa. Ele arruma as suas coisas e
sai escondido pela porta da frente. Sua mãe o encontra saindo e grita pelo seu
nome.
O adolescente não obedece ao pedido da mulher e
segue seu caminho. Ela decide seguí-lo.
- O que a senhora quer comigo? Me deixa em paz!
- Volta agora pra casa, antes que eu te enfie
porrada. -Diz ela, o segurando pelo braço.
- Pode me bater, mãe, que eu não volto pra aquele
ninho.
- Você não diz isso da sua casa, não.
- Chama aquilo de casa? Eu não aquento mais morar naquela
casa ao lado da senhora que cheira bebida.
- Você vai me obedecer ou não, pivete?
- Quer mesmo a resposta? Nãooooo!
A mulher o joga contra o chão e pega suas coisas.
- Agora, você vai ver o que eu faço contigo,
Mateus!
A mulher leva o filho pra dentro de casa e o
tranca de cadeado no quarto.
- Me solta daqui! Mãe, me solta!
Ela liga o rádio numa altura média e decide pegar
uma cerveja na geladeira.
Enquanto o filho implorava por sua liberdade, ela
se debruçava no sofá e assistia TV, acompanhado de cigarros e bebidas.
- Pode xingar a vontade que eu não ligo ok!-Ela
ainda debocha.
Enquanto isso, o delegado Jota decide pegar uma foto
num armário e o observa cauteloso. O seu amigo policial entra na sala.
- Senhor, ainda vai ficar aqui?
- Eu vou organizar algumas coisas antes de sair.
- Posso saber que foto é essa?
- Claro. É a foto do menino desaparecido.
- Ele está morto, senhor.
- Eu não consigo acreditar nisso. Sei que ele está
vivo, em algum lugar daqui.
- Já se passaram dezessete anos.
- Eu sei. Mas mesmo assim, eu sinto que ele está
vivo.
- Bom, eu já vou. -Desconversa o policial.
- Também. Eu só vou aprontar algumas coisas pra
sair contigo. Me espera?
- Claro. -Diz o oficial, o aguardando pra
acompanhá-lo.
Na saída, o delegado caminha
devagar junto com o policial e faz um comentário.
- Se eu tivesse pelo menos uma
pista de onde ele estaria.
- Senhor, essa história do Luís
sempre te incomodou né?
- Sim. A minha amiga Martha não
merecia isso.
- Eu gostaria de saber mais
detalhes dessa história.
- Sim. Claro! Eu conto. -Diz o
delegado, tragando um cigarro.
O celular toca
e o delegado atende na mesma hora. Era Amaral, seu amigo da polícia.
- Oi! Eu não
esperava falar com você hoje.
- Pois é amigo
Jota! Eu liguei para lhe dar uma informação preciosa.
- Informação
preciosa? Como assim?
- Eu analisei
aquele documento que me pediu.
- Ah sim e
daí? Alguma novidade?
O policial
fica ouvindo atentamente a conversa enquanto o delegado fala no telefone.
- Sim. Parece
que hoje é o seu dia de sorte meu amigo porque descobri o nome da mulher que
pode ser a sequestradora de Luís.
- Sério? E
como ela se chama? Onde a encontramos?
- Eu não sei o
endereço dela, mas o nome se chama Betina. Ela entrara de penetra naquela festa
de aniversário e achei testemunhas que a conheceram.
- Tem foto
dessa mulher?
- Vou mandar
pro seu whatsapp agora!
- Muito
obrigado mesmo Amaral!
- Conte comigo
sempre meu amigo. Abraços! - E ele desliga o telefone.
Ao receber a
foto no whatsapp, o delegado vibra e o policial fica sério com a atitude dele.
- Dezessete
anos esperei por isso! Aqui está a cara da mulher que roubou o menino. Filha da
mãe! – Diz o delegado.
Dias se passam... Mariana se
torna amiga de todos da clínica e Sandra fica enfurecida de raiva. O chefe
Orlando percebe que a jovem é esforçada em seu trabalho. Enquanto isso, Martha
e Laís decidem sair juntas para o supermercado e Vera não se contenta ao saber
que Rubens tenta colocar sua empresa de pé novamente. Mateus decide fugir do
quarto a qualquer custo e se livrar da mãe, que se embriaga a cada dia.
- Eu vou sair daqui ou eu não me
chamo Mateus! -Diz o garoto que quebra a janela do quarto com uma cadeira e
sai, levando a mochila nas costas. - Adeus, mãe!
E lá vai ele, correndo pela rua,
à procura de um táxi, disposto a fugir para bem longe dali. De repente, um táxi
se aproxima e ele pega.
- Pra onde vamos, garoto? - Pergunta
o motorista.
- Me leva pra bem longe daqui e
rápido.
Comentários
Postar um comentário
Deixe o seu feedback sobre o que ando postando regularmente!