Indignada ao ser colocada contra a
parede, Vera decide enrolá-lo:
- Adalberto, o que está
acontecendo com você?
- Comigo não está acontecendo
nada.
- Acho bom porque você está fazendo
perguntas sem sentido. Parece que desconfia de mim.
- Desculpe, Vera. Eu acordei meio
indisposto hoje.
- Como sempre, né? E a minha
filha, como está?
- Ela está bem, mas ainda pensa
em Luís e nossa relação não está muito boa atualmente.
- Martha e o filho desaparecido.
O meu neto que se encontra perdido por aí e eu creio que ele nem volta mais.
Quanto ao seu casamento, acho que vocês precisam conversar, chegar ao
entendimento. Já basta ver minha filha chorando por algo que nunca vai ter e
agora, separada. Faça-me o favor! É de morrer!
- Está complicado, Vera! Sua
filha anda sonhando demais com a presença do filho e eu não sei mais o que
fazer pra ajudá-la.
- Adalberto, vamos trabalhar!
Depois, a gente tenta resolver isso, ok! -Diz Vera, sentando em sua mesa. - Quanto
mais trabalho, dinheiro pro nosso bolso.
- E quanto a pergunta que te fiz
sobre Rubens? – Questiona Adalberto.
- Eu preciso responder ainda?
Adalberto, Rubens é apenas uma pedra no meu sapato e que eu quero quebrar aos
poucos até que reste somente pó. – Diz a empresária decidida.
Enquanto isso, Mateus assiste
televisão quando sua tia o chama.
- Mateus, é a sua mãe no
telefone. Ela quer falar contigo.
- Diz à ela que eu não tenho
nenhum assunto a tratar com ela.
- Você escutou? - Pergunta
Beatriz, ao telefone pra irmã.
- Diz a ele que eu vou até aí
para buscá-lo.-Responde Betina irada.
- Mateus, ela vai vim aqui. -Diz
Beatriz.
- Eu fujo se ela aparecer. Eu tô
falando sério.
- Não tem jeito. Ele não quer te
ver. -Diz Beatriz ao telefone.
- Você tem que mandá-lo de volta.
Eu estou muito preocupada com ele. -Diz Betina irritada.
- Eu não posso fazer nada. Seu
filho não é mais uma criança.
- Pode sim. Manda ele voltar pra
casa agora. Eu vou contar até as seis horas da noite. Se ele não aparecer, eu
vou pra aí. - Ela desliga brava.
Beatriz desliga o telefone
calmamente e diz a Mateus:
- Sinto muito, mas ela te espera
até às seis da noite.
- Eu já disse que eu não volto
pra lá.
- Então, onde você vai ficar,
garoto?
- Aqui! - Responde ele.
- Não, Mateus! Você não pode
ficar aqui.
- A senhora não quer que eu
fique?
- Mateus, ela é a sua mãe. Você
deve obedecê-la.
- Tia, eu admiro muito a senhora,
mas eu não acredito que não deva existir um pingo de sentimento. Minha mãe me
maltrata, me faz roubar pra me sobreviver e a senhora parece que não se
importa.
- Mateus, não é isso. Eu não
concordo com o que a sua mãe faz contigo.
- Então, não deixa ela vir pra
cá. Eu não quero voltar, entendido?
- O que eu vou dizer a ela,
quando chegar?
- Diz que eu fugi. -Diz ele.
- Tudo bem! Eu tenho uma solução
melhor pra você. Sei que vou me arrepender disso, mas vai ser necessário.
Mateus, eu não vou deixar você voltar com ela. Pode contar comigo!
- O que irá fazer, tia?
- Chegou a hora de eu e a sua mãe
termos uma conversa definitiva. Não se preocupe!-Diz Beatriz, solidária.
Nesse ínterim, Carlos chega no
clube onde sua noiva trabalha. Ele a encontra no palco ensaiando.
- Amor, você por aqui! Que
surpresa boa!
- Eu vim te ver.
- Que bom que veio! Algum
problema?
- Não. Eu só vim assistir o seu
ensaio. -Diz Carlos sorrindo.
- Fica à vontade, então! -Diz
ela.
De repente, Marcos o encontra.
- E aí, maninho?
- Marcos, queria mesmo ter uma
conversa contigo.
- O que quer comigo?
Ele se aproxima do irmão e
pergunta:
- Marcos, eu sei que você acabou
de chegar de viagem, mas eu preciso te perguntar uma coisa muito importante.
- Você com esse papo, eu já devo
imaginar.
- Que bom que você está
compreendendo o que eu vou falar!
- Você se preocupa demais. Eu vou
contar pra minha mãe quando eu achar que é a hora certa.
- Tem certeza? Marcos, você não
pode esconder o seu trabalho dela. Um dia, ela vai descobrir.
- Mano, eu sei o que eu estou
fazendo. Não se preocupe!
- Tomara que você saiba mesmo.
Olha aqui, se a minha mãe descobrir por outras fontes, ela vai se decepcionar
muito e aí, irmão, eu não vou estender a minha mão pra lhe ajudar, não.
- Carlos, quem vai contar isso a
ela? Eu não admito que me ponha contra a parede. Aqui só vem jovens á procura
de uma diversão.
- Você é um louco, cara! E os
namorados dessas mulheres? Eles aparecem também?
- É claro que não, né? Cada um
tem o seu horário.
- É por isso que eu não vejo a
hora de tirar a minha noiva daqui.
- Relaxa, cara! Ela apenas dança,
não tira a roupa. É uma regra geral do nosso trabalho.
- Será que eu confio em você?
- Se você quiser, aparece a noite
pra ver.
- Não, muito obrigado. Eu vou me
sentir enciumado e posso até fazer uma bobagem.
- Ta certo! Mas não se grila com
o assunto da nossa mãe, não.
- Marcos, eu me preocupo com ela.
Você acabou virando um stripper e ela ainda não sabe. Pra ela, você trabalha
como auxiliar de escritório.
- Irmão, eu acabei de chegar de
viagem recentemente e eu estou trabalhando, maninho. É aqui que eu ganho o meu
dinheiro. Eu não vou largar esse emprego fácil quanto você pensa. É a única
oportunidade que eu encontrei e sinto que vou ganhar muito, fazer sucesso,
entende?
- Tudo bem! Eu não quero me meter
no seu trabalho, só quero que conte a nossa mãe a verdade. E isso tem quer ser
feito com cuidado. Eu não quero que nossa mãe pare no hospital próximo por sua
causa.
- Nada vai acontecer a ela,
Carlos. Agora, deixa eu ir. Eu preciso ensaiar.
- Eu também já vou. Se cuida!
- Valeu, irmão! - Ele sai.
- Amor, você já vai? Ta cedo! - Pergunta
Vivian, que chega de repente.
- Já. Eu gostei do seu ensaio. Eu
te amo!
- Eu também! - Ela responde.
Á noite chega e Betina fica irada
com a demora do filho. Ela decide ir pra casa da irmã.
Já Sandra provoca Mariana no
término da cirurgia.
- O que você pensa que está
fazendo, Sandra? Eu não tenho medo de você.
- Devia ter, Mariana. Pois eu
posso fazer a sua caveira aqui nessa clínica.
- Você me dá pena, Sandra. Mas
vai á luta. Faça o que deve achar melhor.
- Pode apostar, que eu vou fazer,
sim.
De repente, Orlando chega e
encontra as duas numa situação desagradável.
- O que está acontecendo aqui?
Mariana fica séria ao ver o chefe
e Sandra não se intimida.
- Bem, vocês vão me responder ou
não?
- Desculpe, senhor. Eu estava
conversando com a Sandra e esqueci que era horário de trabalho. - Ela mente.
- É isso mesmo, senhor. Peço
desculpas! -Diz Sandra.
- Eu pensei ter ouvido vocês discutindo.
- Eu discutindo? Não. O senhor
ouviu errado. -Diz Sandra. - Somos amigas. Não somos, Mariana?
Diante do chefe, Mariana
consente.
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