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15º Capítulo de Encontros Casuais


Kathleen se afasta de Wellington e pede:
- Nunca mais me procure!
- Kathleen!  - Ele a chama vendo-a sair depressa com o filho e a amiga.
Chegando em casa, Kathleen se lamenta e deixa o filho com Keyla que não entende o ocorrido
- Aconteceu alguma coisa, maninha?
- Por favor, me deixa sozinha! - Ela fecha a porta.
- O que houve Vinícius? - Keyla pergunta ao menino que responde.
- Mamãe beijou Wellington na rua.
Em seu quarto, Kathleen vê a foto de Wellington e a pega cuidadosamente.
- Por que ele está fazendo isso comigo?
A cena do beijo não sai de sua cabeça.


Pensativa

Dias depois, Hiroshi encontra seu pai Takiro que o encara furioso.
- Por que mudou os seus planos?
- Pai, eu não imaginei que encontraria uma pessoa por lá.  Eu me apaixonei. Acontece com qualquer pessoa.
- Você sabe que eu não permito esse namoro.
- Pai, eu pensei que o senhor já tinha me entendido. Eu amo a Kathleen e vou me casar com ela.
- Será que você não vê que isso é loucura? Ela tem um filho de outro homem.
- Um filho que se dá muito bem comigo.
- Pode até ser, Hiroshi, mas não vai lhe trazer futuro. Seu plano era conhecer o Brasil e a sua origem. Quero que esqueça aquela mulher.
- Jamais! O senhor não pode mandar e desmandar no meu coração.
- Isso é uma ofensa! É uma desonra a nossa família!
- Pai, eu já estou certo da minha decisão. O senhor e ninguém vão me afastar da Kathleen.  -Diz ele, determinado.

Uma semana depois, Estela chega ao Japão e procura Takiro em seu escritório. Os dois se encontram.
- Oi, meu nome é Estela Grimaldi.
- Prazer. Takiro Takamura.
- É um prazer conhecê-lo, senhor Takiro!
- O prazer é todo meu. Mas que motivos a trazem aqui em Tókio?
- Senhor Takiro, eu vou ser bem objetiva. O assunto que me traz aqui é relacionado ao seu filho.
- Algum problema? O que ele fez dessa vez?
- Ele namora uma brasileira, não é mesmo?
- Sim.  Mas e daí?
- O fato é que essa brasileira é uma golpista.
- Golpista?  -Ele se pasma. - Senhorita Estela, acho que nossa conversa será longa. Portanto, irei pedir um café. Aceita me acompanhar? - Ele se levanta da cadeira.
- Claro.  - Ela se alegra.
O japonês sai da sala e Estela pensa com seus botões:
“Eu vou acabar com você, Kathleen! Pode ter certeza disso!”
Minutos depois, Takiro retorna à sala com dois copos de café e serve à jovem, que aceita gentilmente.
- Senhorita, pode me contar agora! Eu sou todo ouvido!
- Obrigada, senhor Takiro. Bom, o fato é que Kathleen não merece o seu filho Hiroshi.
- Bem, me desculpa te perguntar isso, mas o que essa jovem fez a você?
- Parece meio estranho eu atravessar a metade do mundo pra te dizer o que essa Kathleen representa para o seu filho, mas eu quero que saiba, senhor Takiro, que eu não estou vindo à toa. Eu tenho meus motivos pra querer afastar uma leviana do caminho de seu filho.
- Eu ainda não entendo aonde quer chegar com esse assunto?
- Senhor Takiro, a Kathleen está usando o seu filho. Ela não o ama de verdade, como diz amar. Ela anda afastando o meu futuro noivo de mim, pois eles já viveram uma história juntos. Simplificando, ela usa o meu noivo e o seu filho.
Takiro ouve atento cada palavra de Estela, que não hesita em disfarçar nada. Após alguns segundos, ele se exalta.
- Eu não vou permitir que essa golpista estrague a vida do meu filho. Você acredita que depois que Hiroshi conheceu essa mulher, ele está totalmente diferente comigo.
- O senhor está certíssimo, senhor Takiro! Se o senhor quiser contar comigo, eu estou disposta a ajudá-lo no que for.
- Obrigado por ter vindo até aqui pra me alertar sobre essa mulher.
- Não tem que me agradecer. Eu fiquei preocupada com o que Kathleen iria fazer na vida de seu filho. Aliás, ele está tão apaixonado. Não é mesmo?
- Sim. Você tem razão. Ele anda apaixonado até demais pelo meu gosto. Mas não se preocupe, com Hiroshi eu tomo minhas providências. Agora, eu quero o mais rápido afastar essa Kathleen dele de uma vez por todas.
- Senhor Takiro, eu espero que a nossa conversa não seja pronunciada a Hiroshi. Ele jamais aceitaria a realidade dos fatos.
- Eu entendo. - Ele diz, apertando as mãos de Estela.
- Foi um grande prazer conhecê-lo!
- Igualmente, senhorita! - Ele responde.
De repente, Yuko aparece na sala e Takiro a apresenta à Estela.
- Esta é Yuko. Ela foi namorada do meu filho.
- Hum. Prazer, Estela Grimaldi! -Diz a jovem sorrindo por dentro.

Um tempo depois, Hiroshi chega ao Brasil com o seu pai e Kathleen os encontram no aeroporto internacional Afonso Pena.
- Eu estava morrendo de saudades suas, Hiroshi! Eu e Vinícius.
Hiroshi encara sério o jeito de Kathleen e diz ao pai:
- Eu preciso ficar sozinho, meu pai!
- Claro, meu filho! - Ele responde.
Kathleen estranha a atitude do rapaz e comenta:
- Hiroshi, esse é o seu pai?
- Sim. - Interfere Takiro. - Eu sou o pai dele. Meu nome é Takiro.
Hiroshi fica em silêncio.
- Prazer em conhecê-lo, senhor Takiro. Meu nome é... - Ia dizer ela, quando ele responde.
- Eu já sei qual é o seu nome. Filho, eu vou deixá-lo à sós. – E se afasta friamente.
- Hiroshi, o que deu nele?
- Kathleen, podemos conversar?
- Claro, mas que cara é essa? O que houve?
- Eu preciso saber de uma coisa e só você pode me dizer.
- Tudo bem. Então, fale!
- Você ama o Wellington? -Ele pergunta.
- Como? - Ela fica assustada, pois a pergunta bate no fundo da alma. - Eu não entendo, Hiroshi.
- É claro que você entende Kathleen. E não se finja de sonsa porque você não é. Você ama esse tal de Wellington ou não?
- Hiroshi, porque não conversamos sobre isso em outro lugar?
- Chega! Pára com isso, Kathleen! Eu quero a resposta! Olhe no meu rosto e diga que gosta dele de verdade.
Kathleen fica sem saída no ato e seu silêncio parecia dizer algo.
- Você o ama, não é? Como eu sou tão idiota em lhe perguntar uma coisa, que eu sei qual é a resposta. Talvez, isso prove a minha certeza! - Ele tira do bolso algumas fotos recentes e Kathleen fica indignada.
- Como isso foi parar aí?
- A pergunta certa é: como eu fui tão idiota em ter acreditado no seu amor?
- Hiroshi, eu não queria! Eu juro! - Diz ela, pegando as fotos.
- Fique com elas. São todas suas. - Diz ele.
- Por favor, Hiroshi! Eu te amo muito e o que rolou entre eu e o Wellington não foi nada sério. Eu não o amo como amo você!
- Pára de mentir pra si mesma! Chega! Será que você não percebe que está tudo terminado entre a gente.
- Não!! Não faz isso comigo! - Ela se angustia.
- Kathleen, eu jamais vou ganhar um lugar no seu coração. Sabe, eu devia ter seguido os conselhos do meu pai e não deveria ter me prendido a você. Bom, como as coisas não saíram conforme eu planejei, então segue sua vida Kathleen que eu seguirei a minha.
- Hiroshi...
Ele se afasta devagar.
Kathleen se lamenta sozinha com as fotos e culpa Wellington, pensativa.



Já na escola, os ensaios continuam sob a supervisão da professora, que ensina os estudantes a dançar. Cecília ensaia com Ariosvaldo e Daisy se sente enciumada. Mel fica na expectativa de que a sua melhor amiga se dê bem com o estudante.

Kathleen chega em casa aos prantos e Sheyla, que ajudava nos afazeres da casa, fica assustada com a amiga.
- O que houve contigo?
- Mamãe, por que está chorando? - Vinícius interfere.
Kathleen abraça o filho e diz, sofrida:
- Eu vou cuidar de você, meu filho. Eu jamais vou precisar de homem nenhum nessa vida.
- Amiga, por que está dizendo isso? - Sheyla fica assustada mais ainda.
- Os homens não prestam. Nenhum deles.
- Tudo bem, mas conte o que realmente houve contigo, mulher?
- Hiroshi não quer mais saber de mim e tudo por culpa do Wellington.
- Mas ele parecia tão legal e tão apaixonado. O que fez mudar de ideia?
- Eu traí ele, Sheyla. Deixei-me levar pelo Wellington e acabei perdendo o amor de Hiroshi. Foi isso que aconteceu!
- Eu sinto muito, amiga. E agora, o que você fará?
- Eu não quero mais ninguém nessa vida. Prefiro ficar sozinha com o meu filho, que eu ganho mais. Cansei de ser humilhada.
Sheyla consola a amiga e Vinícius comenta:
- Não, mãe! Deixa que eu cuido da senhora. - Aquelas palavras lhe traz um belo sorriso de ambas.

Dias depois, a festa do rei e da rainha da primavera acontece. Todos os alunos dançam com o som alto da festa. Ariosvaldo e Daisy curtem a noite e Cecília respira fundo. De repente, a professora inicia a formação dos casais e os estudantes procuram seus pares. A música lenta começa a rolar.
Ariosvaldo e Cecília se posicionam de frente ao outro e começa dar os primeiros passos no chão. Cecília se alegra por dentro ao dançar pela primeira vez com o rapaz em uma festa da escola, pois nunca teve essa oportunidade.
- Eu não sabia que você dançava tão bem. -Diz ela.
- Nem eu jamais imaginei que estaria dançando. Nunca fiz isso com ninguém.
Daisy percebe de longe a aproximação.
- Você é um cara legal. Quero ser pra sempre a sua amiga!
- Você também é legal, Cecília! É a menina mais simpática que eu havia conhecido.
- É uma pena que nós dois nos distanciamos um pouco.
- É melhor essa distância. Eu estou com a Daisy e não quero estragar o que está sendo bom pra mim.
- Eu entendo perfeitamente.
- Mas a nossa amizade continua firme e forte.
- Ainda bem, né? Eu me sentiria culpada se tivesse perdido até isso. Já lhe causei tantas mágoas no passado.
- Não quero falar sobre isso.
- Mas eu cometi, Ariosvaldo! Eu fui tola em não ter percebido o quanto você é uma pessoa bacana, verdadeira. Eu te perdi porque fui burra, insana, uma completa idiota.
- Cecília, você não está bem. Acho melhor pararmos por aqui.
- Espere! Desculpa por ter falado tudo isso. Mas eu precisava dizer o que estou sentindo por dentro.
- Por que se importa comigo agora? - Ele se afasta um pouco. - Antes, me jogava na cara que não se importava com o que eu fazia e o que eu deixava de fazer. Agora mudou a sua opinião. O que houve hein? Cansou de ser a queridinha da turma, a nota dez da escola? Cansou de ser a estudante CDF que passava em todas as matérias?
- Eu mudei como você mudou, Ariosvaldo! Antes, eu era uma garota mimada, sim. Popular da escola. Mas hoje eu sou diferente, eu penso diferente. Eu estou disposta a corrigir todos os meus erros. Eu sou humana, poxa! Quem não erra nessa vida?
Daisy percebe Ariosvaldo está um pouco diferente com ela.
- Cecília, eu não me importo com a sua mudança.
- Eu não acredito nisso, Ariosvaldo! Eu sei que ainda existe um coração aí dentro que ainda bate pela minha pessoa. Você que não quer reconhecer a paixão que ainda sente no seu íntimo.
De repente, as luzes se apagam e a música pára. Cecília aproveita o escuro e tasca um beijo em Ariosvaldo que se rende. Daisy liga a lanterna do seu celular e flagra os dois. As luzes voltam.


Surpresinha

- Você está a fim de roubar o meu namorado, Cecília? - Ela se zanga, fazendo todos pararem.
Cecília fica imóvel e Ariosvaldo não responde palavra alguma.



Atenção: Para dar continuidade a leitura de "Encontros Casuais", a obra está disponibilizada nos seguintes links:



Amante da Poesia e Escritor aspirante à Autor de Telenovelas, focado em Marketing, Web Designer, ouvinte de boas músicas e Fã da saga Marvel.

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