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13º Capítulo de Encontros Casuais


Rubi pensa num jeito de pôr Nair contra Teófilo outra vez, dessa vez, colocando o primo dela, Irineu, no meio da situação, já que ela descobrira um fato novo na família da madrasta. Irineu era apaixonado por Nair, quando ela conhecera Teófilo. Esse era um dos motivos que o deixava enciumado, quando a encontrava com o primo num momento de diálogo. A adolescente descobrira através de uma simples conversa dos dois na cozinha, o que aparentemente parecia normal. Irineu contava a Nair das lembranças que tinha nos tempos da juventude, que pescava com o pai na rede e que sonhava em construir uma família. Às vezes, ele até brincava que iria se casar com ela um dia, se fosse possível que isso aconteceria. Nair não se importava muito com essas piadas de Irineu e sempre ficava na dela. Com isso, ele não parava de cercá-la o tempo todo, mandando cartas de amor, declarações ao pé da letra e presentinhos. Isso acontecia bem antes dela conhecer Teófilo, que hoje era o seu atual marido. Depois de anos, Irineu casou-se e esqueceu a prima um pouco. Tivera dois filhos, mas se separou no ano seguinte. Foram dois anos de relacionamento. Nair casou-se também e tivera um filho único. Arthur. Teófilo já era um homem divorciado na época e a única filha que tinha era a Rubi, no qual ficou com ele até os tempos atuais. A mãe de Rubi foi embora e nunca mais deu notícias. Hoje, as coisas mudaram um pouco, mas a vida permanece. Mas quanto á Irineu e Nair. Ele ainda sente algo por ela, mas esse sentimento tão desejado da parte dele não pode ser correspondido. Caso contrário, a casa cai pra Nair de vez!
- Pai, sabe quem veio aqui visitar a Nair? - Rubi decide fazer uma intriga, ao ver o seu pai chegar em casa.
- Não. Quem esteve aqui? -Ele fica curioso.
- O Irineu, primo dela. -Ela responde, com ar de cinismo.
Teófilo se encabula.

Daisy encontra Cecília no fim da aula e decide conversar com ela.
- O que você quer com o Ariosvaldo, hein?
- Eu. Eu não quero nada com ele.
- Tem certeza? -Ela pergunta.
- Mas é claro. Eu sou amiga dele. Por que até nisso não posso ser?
- Não é isso que eu vejo Cecília!
- Daisy, eu não vou me afastar do Ariosvaldo por causa de ninguém.
- Ok! Eu não vou deixar você entrar no caminho dele entendeu? Ariosvaldo está comigo agora e você perdeu! -Ela sai, deixando-a descontente.

Ezequiel reencontra Yoná caminhando pela praça e os dois decidem parar pra conversar um pouco. De repente, Keyla aparece de surpresa e o chama.
- Pai!
Ezequiel vira-se e encontra a filha que se surpreende ao ver Yoná por detrás de suas costas.
- Você tem uma filha? -Pergunta Yoná surpresa com a cena.
- Sim. -Ele responde, meio constrangido.
Keyla decide cumprimentá-la em frente ao pai.
- Oi. Meu nome é Keyla.
- Prazer em conhecê-la. Sou Yoná. -Ela diz, gentil.
- Bom, eu já vou indo. -Disfarça a jovem.
- Filha, o que você queria falar comigo? -Interrompe Ezequiel.
- Nada importante, meu pai. Bom, até logo, Yoná!- Ela se despede e sai devagar.
Yoná sorri com a cena e Ezequiel a encara.
- Desculpe por não ter lhe dito.
- Não precisa se desculpar, pois também eu não lhe disse algo.
- O que eu ainda não sei de você, Yoná?
- Eu também, Ezequiel. Tenho uma de quinze e outro de dezessete anos. -Ela responde.
- Oh, eu não imaginava.
- Pois é. Eu também não imaginava como seria a sua reação quanto a isso. E você? Quantos filhos têm?
- Eu tenho dois também e pra completar o clã da família, tenho um neto.
- Que bom Ezequiel! Mas você não mentiu sobre o seu casamento, não né? -Ela decide arriscar a pergunta.
- Não. Eu não menti. Eu sou divorciado, Yoná!
Depois de ouvir aquela resposta, seu coração se aliviou por dentro.


Lazer

Wellington percebe que Kathleen está sozinha em casa novamente e decide bater a porta de sua casa.
- Oi! Que bom te ver de novo! -Ela se surpreende ao atendê-lo.
- Pra mim, é maravilhoso te encontrar. Alguém em casa?
- Não. Eu estou com o Vinícius. Meu pai deu uma saída e minha irmã também.
- E o seu namorado?
- Ele foi para o hotel. Por quê?
- Por nada. Apenas perguntei.
- Wellington, como você pode perceber, eu estou um pouco ocupada. Se você quiser conversar, vai ter que esperar um pouco até eu ajeitar as coisas, ok? Minha casa tá tão bagunçada. Não repara não tá!
- Tudo bem, Kathleen. Mas a minha visita aqui é bem rápida.
- Bom, se é assim!
Wellington pega na mão de Kathleen que fica séria e preocupada.
- Bom, pra início de conversa, eu não vim a Minas a toa não. Eu vim por um motivo forte, um motivo que explica toda a minha angústia, que me tira totalmente do sério. Eu não aguento mais viver pensando se um dia eu lhe perderia de verdade, porque não é isso que eu quero. Eu posso ser do tipo de cara que curte, que não namora sério e que enrola qualquer uma, mas de uma coisa pode ter certeza. Eu tenho sentimento como qualquer pessoa. Eu sei a hora certa de agir, o momento certo de me declarar, enfim, eu sei reconhecer quando eu estou certo da minha decisão.  -Ele pára um pouco e suspira, deixando ela totalmente confusa e séria.
- Wellington, o que está tentando fazer?
- Eu preciso te falar. Se não for agora, nunca mais será.
Kathleen afasta suas mãos das dele e fica trêmula. Ele continua.
- Agora, nesse exato momento, eu sei o que eu mais quero pra minha vida. Não se trata do meu envolvimento com a Estela, da minha curtição com outras meninas, mas sim, de você, Kathleen, que me fez perceber que a vida não é feita apenas pra se curtir, mas pra aproveitar, enquanto estamos vivos.
- Wellington... -Ela ia dizer algumas palavras, mas ele a detém.
- Não fale nada. Por favor! Me deixa tomar coragem pra dizer que eu não sei viver sem a sua presença. -Ele se aproxima e a beija nos lábios levemente.


Beijo

Kathleen se rende ao fascinante beijo do rapaz e não demora muito cair a ficha de que ela está realmente encantada pelo fato de ele ter se declarado a ela naquela hora, naquele exato dia, em que sua família estava ausente de casa.
Mas por um segundo, a magia termina..........
Ela se afasta dele rapidamente, pensando em Hiroshi, que certamente não lhe saíra de sua mente.
- Eu não estou entendendo qual é a sua, Wellington. Acho melhor a gente parar por aqui. -Ela desvia o assunto.
- Desde o dia em que te vi, eu não deixei de pensá-la em um só momento. Eu voltei pra te ver de novo.
- Não! Você não pode fazer isso comigo. Não agora que estou namorando. Você não tem esse direito.
- Tenho sim, Kathleen, por que eu te amo. Por que eu sempre te amei desde o primário, desde a nossa infância. Eu nunca tive coragem de lhe dizer isso pessoalmente e agora, percebo o quanto fui errado em ter lhe deixado escapar de mim durante todo esse tempo.
- Wellington, não faça isso! Você tem uma vida diferente da minha. Eu não sou importante no seu mundo.
- Você está enganada, Kathleen. Não importa o meu mundo, a minha vida. O que importa é você! -Ele se aproxima novamente e a beija nos lábios de novo.
Dessa vez, Kathleen percebe que aquele sentimento preso em seu coração se liberta e vira totalmente a sua cabeça, incluindo todos os pensamentos do passado, quando ela fazia planos pra se casar com ele na plena adolescência.
“- Você promete que vai se casar comigo? -Ele perguntara a ela há um tempo atrás brincando.
- Sim. Eu me caso com você, sim, Wellington. -Ela respondera em imediato sorrindo.
Ele pegara em sua mão e beijara delicadamente.”
Aquela cena ficaria guardada em suas lembranças eternamente.
Hoje, aquela lembrança esquecida permanecia viva e tinha uma grande influência em fazer com que aquele encontro se tornasse forte outra vez.



De repente, o detetive contratado por Estela vê a cena dos dois na porta da casa da jovem e tira algumas fotos pra levá-las a sua contratante. Ao cair nas mãos da Estela, a sua raiva aumenta em imediato.
- Vocês dois vão me pagar bem caro. -Ela responde, furiosa.
- E agora, o que a senhorita irá fazer? -Ele pergunta.
- Bem, eu vou ter que usar a minha arma contra essa mulher. Eu vou contar com o seu sigilo total sobre esse assunto.
- Tudo bem, mas vê se não complica o meu lado, ok?
- Não se preocupe. Eu sou consciente do que faço. Aqui estão os seus honorários. Obrigada por mostrar a sua dedicação a esse trabalho! -Ela lhe agradece.
O detetive se retira de carro e ela fica pensativa com as fotos nas mãos.
- É, Estela! Chegou a hora de mostrar que você não joga pra perder.

Kathleen se afasta outra vez de Wellington que fica intrigado.
- Acho melhor você ir embora agora!
- Kathleen, eu te amo. Por que me trata assim?
- Preciso que me esqueça. Eu estou feliz com Hiroshi e com o meu filho.
- Não te entendo. Você retribuiu o meu sentimento. Como pode se enganar desse jeito?
- Wellington, por favor, me deixa seguir a minha vida em paz!
- Eu tinha que fazer isso. Eu tinha que te provar que não sou feliz sem você.
- Vá embora! Me esquece! -Ela escancara a porta. -Eu amo Hiroshi. Eu quero ser feliz ao lado dele.
- Você me magoa dizendo essas palavras. Acho melhor eu ir mesmo. -Ele sai porta afora, desconsolado.
Kathleen percebe que cometera um grande erro, mas não volta atrás.

Nair arruma a mesa quando Teófilo a encontra.
- Nair, precisamos conversar.
- Qual é o problema agora?
- Por que Irineu estava aqui em casa?
- Ora essa. Irineu é meu primo e veio me visitar.
- Eu sei que ele é o seu primo, mas eu não permito que ele frequente essa casa sem a minha presença.
- Eu não vou afastar o meu primo por causa de um capricho seu. Se você não permite, eu permito.
- Por que está tão interessada que o seu primo fique?
- Como eu lhe disse, é o meu primo. Faz parte da minha família.
- Claro. Ele achava que você também era da família, quando começou a cercá-la com aquele papo de estar apaixonado?
- O que está insinuando, Teófilo? Aquilo foi passado.
- Sim, foi passado, mas pode voltar ao presente, se você deixar.
- Irineu é apenas meu primo. Ele esqueceu aquela história.
- Agora quer que eu acredite nisso?
- Você está me ofendendo. Acho melhor eu cuidar das minhas roupas, senão eu perco o meu tempo.
- Eu só quero que você escreva no seu caderninho: enquanto eu viver, Irineu não põe os pés aqui dentro. -Ele se ira.

Estela bate a porta de Kathleen, que atende gentilmente.
- Oi, posso ajudar? -Pergunta ela.
- Oi. Procuro por Kathleen.
- Sim. Sou eu mesma.
- Ah, é você? -Ela se surpreende ao vê-la e tira os óculos do rosto. - Meu nome é Estela Grimaldi. Sou a namorada e futura noiva de Wellington Campos Rodrigues.
Kathleen se assusta com a jovem.

Próximo Capítulo: 17/06 (20hs)
Amante da Poesia e Escritor aspirante à Autor de Telenovelas, focado em Marketing, Web Designer, ouvinte de boas músicas e Fã da saga Marvel.

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