Sheyla percebe a surpresa de Kathleen ao
ver o rapaz desconhecido e acredita que ela o conhece.
- Moça, está tudo bem? -Ele pergunta.
- Não me reconhece, Wellington? -Pergunta
ela, feliz.
Ele observa atentamente o perfil da jovem
e custa acreditar no que vê.
- Kathleen? -Ele arrisca.
- Que bom que você não esqueceu de mim! -Ela
diz surpresa.
- Nossa! Quanto tempo!
- Eu é que digo. Como você está?
- Bem e você.
- Também estou bem. Essa é minha amiga
Sheyla.-Ela apresenta. - E esse é o meu filho Vinícius.
- Prazer em conhecer, Sheyla! -Ele a
cumprimenta. - Eu não sabia que você tinha um filho.
- Pois é, a vida deu uma guinada nos
últimos tempos.
- Bem, a gente se vê por aí, então. -Ele
se despede.
- Claro! -Ela responde gentil.
Wellington se despede de Vinícius e entra
no carro e Sheyla diz:
- Incrível essa coincidência!
- A culpa é sua! -Brinca ela.
- Nossa! Tô perplexa. -Diz Sheyla.
Enquanto isso em Curitiba, no estado de
Paraná, Estela passeia com Cecília no shopping e o assunto do dia é sempre
Wellington.
- O que ele foi fazer lá em Minas? -Pergunta
Cecília.
- Ele foi conhecer tal projeto do amigo
dele. É a construção daquele edifício que ele andou fazendo a planta.
- E ele vai voltar quando? -Pergunta a
jovem de cabelos morenos até o pescoço e olhos castanhos.
- Depois de amanhã. -Ela responde.
- Então, por que está tão preocupada? Meu
irmão não vai te trocar por outra.
- Eu confesso que temo muito com isso,
Cecília. -Diz a mulher de cabelos compridos loiros escuros e olhos verdes.
- Bobagem, Estela! Wellington só tem
olhos pra você.
- Bom, eu espero que você tenha razão,
menina! -Diz a jovem, sensata. - Eu não gosto de ser passada pra trás. Não
mesmo!
Cecília sorri com as palavras da jovem.
Do outro lado da trama, temos Arthur, um
estudante que sofre de Autismo. Nair e Teófilo são os seus pais. Arthur tem uma
irmã que não faz parte do seu sangue. Rubi é seu nome. Ela era uma jovem mimada
que adora se divertir em baladas e funk, além, é claro de se intrometer nas
maiores confusões. Diferente do seu irmão, que tem um sonho de ir pra
olimpíadas por causa do seu esporte preferido: natação. O estudante adora
mergulho e altas ondas. O problema é que o Autismo mudou totalmente a sua vida
desde a infância. Também temos Simone, uma cabeleireira boa de briga que não
tolera as atitudes de Rubi. Ela tem uma filha chamada Débora, que cursa o
ensino médio. E nossa história não termina aqui! Também temos Ariosvaldo, um
jovem estudante que deseja ser técnico de informática e que nutre um grande
amor por Cecília, que o vê como um simples amigo. Por causa desse amor não
correspondido, Daisy é a única pessoa que lhe dá a maior força pra desistir da
jovem, pois acredita que o melhor amigo tem chances de conhecer novas amizades
e então enxergar ela. No oriente extremo, temos o japonês Takiro, um oficial
linha dura que faz de tudo pra ver seu filho Hiroshi casado e com uma boa
estabilidade financeira. Hiroshi é um rapaz aventureiro que cursa turismo e
sonha alto. Ele é um jovem culto e fala diversos idiomas.
Que tal conhecê-los agora?
Na escola em Curitiba, Ariosvaldo e Daisy
ouvem o sinal bater e saem da sala de aula carregando os materiais escolares.
- Amanhã, eu vou à sua casa pra poder
terminar o trabalho de biologia. -Diz ela.
- Claro. Eu estarei esperando.
- Oh, não! É a Cecília e a amiga dela. -Ela
resmunga.
Ariosvaldo sorri feliz com o encontro de
sua amada.
- Ariosvaldo, eu não sei por que está
feliz se ela não te dá a mínima. -Diz Daisy, indignada.
- Daisy, eu não posso virar a cara pra
ela depois que recebi uma negativa.
- Eu sei que não, Ariosvaldo, mas você
devia esquecê-la.
- Eu não posso. Ainda gosto dela e não
consigo tirá-la daqui de dentro. -Ele justifica, batendo no peito.- Eu quero
ela!
- Desencana, amigo! Essa garota não te
quer.
- Eu acredito numa segunda chance.
- Acorda! Cecília já te deu prova
suficiente de que você deve partir pra outra. Você leu aquela carta, não leu?
Pois é, aquilo que ela escreveu prova o contrário do que você pensa.
- Daisy, ela pode ter me dito que não
queria nada comigo, mas um dia, a minha sorte pode mudar. Eu vou falar com ela.
Daisy tenta interferir, mas não consegue.
- Ele nunca me ouve. -Diz ela, pensativa.
Ariosvaldo segue na direção de Cecília e
puxa uma conversa.
- Oi. Tudo bem?
Uma das amigas de Cecília decide sair.
- Cecília, eu vou indo. Depois a gente
conversa, ok?
- Tudo bem! -Ela diz e depois,
cumprimenta o rapaz. - Oi!
- Eu queria te falar um assunto
importante. Você tem companhia pra sábado à noite?
- Sim. Eu tenho. Eu vou com um amigo. -Ela
responde.
- Ah, claro. -Ele se desanima.
- Deixa pra próxima, tá legal! Tchau! - Ela
sai, levando as suas coisas.
Daisy observa o amigo e se cala.
- Tá legal! Você tem toda a razão! -Ele
responde a Daisy, que a encara séria. - Mas eu não vou desistir.
- Ok amigo! Então vamos pra casa agora?
Ariosvaldo coloca a mochila nas costas e
a acompanha.
Nesse instante, Teófilo e Nair assistem a
TV, quando Arthur chega da aula.
- Como foi, filho, a sua aula? -Ela
pergunta curiosa.
- Foi legal, mãe! -Ele responde. -Eu vou
pro quarto.
- Nair, eu estou sentindo falta da Rubi
nessa casa. -Diz Teófilo á Nair que muda de expressão. -Onde será que ela está?
- Ela deve ter saído com as amigas dela.
- Você nem fica preocupada, né?
- Teófilo, eu não quero discutir esse
assunto agora.
E
a espevitada Rubi não pára de aprontar por aí.
- Você é doida! -Diz uma das amigas dela.
-Não pode entrar aí! E se tiver alarmes?
- Eu não estou nem aí. -Responde a jovem,
quebrando o cadeado da garagem de uma casa vizinha. -Quando o alarme disparar,
já estaremos longe.
- Você é doida mesmo! -Diz a amiga.
De repente, Simone cruza a esquina e uma
delas a vê.
- Rubi, olhe e veja quem está ali! -Ela
aponta.
Rubi observa Simone acendendo um cigarro
no meio da calçada e fica irada.
- O que ela faz justamente nessa hora por
aqui?
- Eu que sei, Rubi. Acho melhor nós irmos
embora antes que ela dê com a língua nos dentes.
- Que droga! -Diz Rubi, fugindo depressa
dali sem Simone perceber.
Em Tókio - Japão, Takiro e seu filho
tomam um chá logo pela manhã.
- Pai, eu vou para o Brasil! -Diz
Hiroshi, determinado.
- Por que escolheu justamente o Brasil
pra fazer a sua pesquisa?
- Pai, são apenas alguns meses. Quero
conhecer os lugares por lá. Tenho uma grande curiosidade em saber o que os
brasileiros gostam de fazer e o que não gostam.
- Você tem a internet, filho, que faz
tudo de graça.
- É diferente, meu pai! Por favor, não me
impeça isso!
- Tudo bem! Você é que decide. Quer
conhecer o Brasil? Conheça! Vá em frente! -Diz Takiro já aborrecido.
- Eu prometo que não vou demorar a
voltar, meu pai. -Ele sai, deixando Takiro pensativo.
- E quanto á sua futura noiva Yuko? Ela
não merece que você a deixe por uma aventura turística. -Ele grita antes que o
rapaz se afastasse de vez.
Neste momento, ele volta pra casa e
responde:
- Eu vou conversar com ela ok! Ela vai
entender.
- Você e suas aventuras. -Diz Takiro,
severamente.
Voltando ao nosso país, Kathleen observa
as fotografias de quando era criança e de quando conhecera Wellington. Em sua
mente, uma vaga lembrança......
“- Posso me sentar aqui? -Perguntara
Wellington, usando aquele uniforme de colégio com uma merendeira nas mãos.
- Claro. -Ela ficara encantada logo no
primeiro encontro.
- Você aceita uma maçã? -Ele oferece
gentilmente.
A partir dali ela ficara interessada no
novo amigo de escola e achava que um dia, os dois podiam seguir caminhos
iguais. Ela se apaixonara por ele logo no primeiro instante. A realidade
volta....”
- Por que você reapareceu? -Ela pergunta,
pensativa em seu quarto, com uma das mãos na foto do rapaz.
Wellington dialoga com o amigo Francisco,
que lhe serve um copo de cerveja.
- Quais são as novidades que fez sua
expressão mudar de repente? -Ele pergunta.
- Hoje reencontrei uma amiga de infância.
- Qual delas? -Ele brinca.
- Kathleen. -Ele responde.
- Não acredito! A sua amiguinha de escola
que não tirava os olhos de você? Cara, que sorte!
- Sorte? Francisco, eu e a Kathleen nos
conhecemos na escola e nada rolou entre a gente depois. Meus pais foram
obrigados a se mudar por negócios financeiros e nós dois tivemos que nos
afastar.
- Eu sei dessa história. Por isso que eu
digo que você tem sorte. Quem sabe esse reencontro não valha a pena!
- Acho que não, amigo. Kathleen deve
estar casada agora, pois eu tive o prazer de conhecer o seu filho.
- Você viu aliança no dedo dela pra achar
que ela é casada? Amigo, você nem reparou nisso!
- Tem razão! Não reparei. Mas isso não
significa que ela pode estar comprometida. Afinal, nossas vidas mudaram.
- Suas vidas podem ter mudado, mas você
não tem certeza de nada, Wellington. Tente conhecê-la um pouco mais. Quem sabe,
sua dúvida não seja esclarecida.
- Vou pensar no seu caso, Francisco. Você
também não pode esquecer um pequeno detalhe: Estela!
- E por falar nela, como será que ela
está reagindo sem você por perto? Afinal, ela tem um ciúme bravo por você!
- Eu não sei, Francisco, mas ela tem que
reconhecer que ela não é minha dona. Estamos apenas namorando.
- Cara, você precisa decidir logo a sua
vida sentimental. Estela não vai te perdoar se você a deixar na mão não.
- Sabe qual é o problema da Estela? Ela
quer casar e eu não estou pronto. Você me entende, né?
- Claro. O sonho de todas as mulheres é o
casamento. Pelo menos, eu conheço algumas que pensam desse jeito.
- Pois é! O que eu faço, hein? -Pergunta
ele, sério.
- Bem, tome a sua cerveja e pense bem
antes de tomar qualquer atitude. -Diz Francisco, saindo.
Wellington observa o copo de cerveja em
sua frente e murmura:
- Será que Kathleen está sozinha mesmo?
Próximo Capítulo: 06/05 (20hs)
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