O japonês entra na cabine e se despede de
todos.
O avião parte rumo ao Brasil e Hiroshi se
sente feliz. A aeromoça se aproxima e pergunta:
- You want something? (o senhor deseja
alguma coisa?)
- Not. Thank you very much! (não. Muito obrigado!)
- With license and take the journey well. (com licença e aproveite bem a
viagem.)
A aeromoça se afasta e Hiroshi decide
descansar um pouco.
“Brasil! Aí vou eu!”
Ele diz em pensamento.
Ariosvaldo encontra Cecília na rua e pede
uma explicação.
- Por que me magoa tanto, Cecília?
- Ariosvaldo, eu não te amo, ora. Eu não
quero ter nada com você.
- Mas eu te amo, Cecília. Eu quero ficar
com você.
- Mas eu não quero, droga! Será que você
não consegue enxergar isso? Me esquece, cara! Me tira do seu coração, da sua
mente. Procure outra que eu não te quero. É tudo que eu te peço!
- Cecília, eu sei que você não ama aquele
cara. Está fazendo isso só pra me deixar chateado. Por isso, eu te peço. Me dá
uma chance pra eu te fazer feliz.
- Ariosvaldo, por que se ilude tanto
comigo? Afinal, o que você quer de verdade? Eu não gosto de você. Eu só tenho
por você amizade e ponto. Eu não quero que você faça parte da minha vida, por
que eu já tenho quem faça.
- Então, essa é a sua palavra final?
- Sim. Sempre foi. Você que nunca
conseguiu entender.
- É uma pena, Cecília, que você tenha
tomado uma decisão tão incorreta.
- Ariosvaldo, não vamos terminar a nossa
amizade por um problema à toa, tá legal? Eu gosto de você como irmão, como
amigo que você sempre foi. Eu admiro todas as qualidades que você possui, mas
sinceramente, você não é o cara certo pra mim. Aliás, eu ainda me sinto
indecisa em relação aos rapazes que tem alguma coisa por minha pessoa. Você não
é o único. Existem vários motivos fundamentais que me fazem perceber que não
posso me relacionar com ninguém agora e esse é um deles. Eu sinto muito. -Ela
responde e sai, deixando ele sentido.
Teófilo abraça Rubi e diz que ela não
teve culpa de nada e Nair vê a cena, indignada.
- Como pode ser tão cego?
- Falando sozinha, mãe? -Pergunta Arthur,
saindo do quarto.
- Eu estava pensando, filho. -Ela o
abraça. -Sabia que você é o meu maior orgulho?
Arthur sorri alegre e responde:
- Não, mãe!
- Então, fique sabendo desde já!
Á noite, Wellington chega em Curitiba e
encontra Estela em sua casa.
- Você por aqui? Que surpresa boa!
- Gostou? Eu sabia que viria e decidi te
esperar por aqui mesmo.
- Que bom! Como anda as novidades na
empresa?
- Wellington, não vamos falar disso
agora, né? Eu senti tanto a sua falta.
- Desculpe, meu amor! Eu estou super
cansado.
- Eu sei, mas nada impede de você ouvir
uma coisa que tenho a dizer.
- O que foi dessa vez?
- Eu pensei muito e decidi tomar uma
importante decisão sobre nós dois.
- Que decisão? -Ele se intriga.
- Wellington, eu quero marcar a data do
nosso noivado. -Ela diz, fazendo o rapaz se assustar.
Simone serve o jantar à filha, que decide
contar sobre a confusão de Rubi. No término da conversa, a cabeleireira se
sente radiante.
- Bem feito pra ela! Foi bem merecido.
- Mãe, e se ela tentar alguma coisa
contra mim depois dessa suspensão?
- Ela não teria coragem, Débora! Ela que
mexa em um fio de cabelo seu pra ver o que acontece.
Débora se cala e toma o copo de suco de
laranja.
Wellington fica surpreso com a atitude de
Estela.
- Você disse noivado? - Wellington
pergunta.
- Sim. Por que o espanto?
- Não. Você está brincando. Estela, por
favor, né?
- Por favor, o quê? Eu já estou contigo
há dois anos. Está mais que na hora de falarmos sobre isso. Não acha?
- Agora nessa hora da noite? Estela, pelo
amor de Deus! Eu estou cansado da viagem e você pensa em noivado.
- Bem, desculpe se o assunto lhe deixou
péssimo.
- Péssimo? Foi ruím mesmo, Estela!
- Você falando desse jeito, parece que
não se importa comigo.
- Não é isso, Estela. Eu gosto de você.
- Apenas isso? Wellington, o que anda
acontecendo com você, hein? Arranjou outra? É isso? Por isso que não quer ficar
comigo?
- Estela, não é nada disso. Eu só não
estou pronto pra formar uma família ao seu lado. É isso! Vamos continuar
curtindo, ok?
- Não, Wellington! Eu não quero ficar
curtindo sempre. Ou você toma uma atitude ou eu termino tudo. -Ela diz,
convicta e sai porta afora. -Boa noite!
Wellington fica sem saída.
“Mulheres!!”
Ele reflete.
Dias depois, Hiroshi já se encontra no
Brasil.
Ele decide visitar os monumentos
históricos da cidade de Ouro Preto, entre eles a famosa Praça Tiradentes, local
onde o dentista cujo nome tinha, fora enforcado e esquartejado. Depois passa em
Alagoas, Maranhão e Natal. A cidade de Salvador na Bahia é o que mais lhe chama
atenção devido ao ritmo do axé e das belas praias baianas. Ele prova o acarajé
num restaurante próximo e aproveita pra vislumbrar a vista do farol da ponta de
Itapuã. Sua próxima estadia é em Minas Gerais, onde se hospeda num hotel
próximo dali.
- Boa tarde! Seja bem-vindo! -Uma gentil
atendente cumprimenta.
- Arigatô! -Ele responde.
Ao entrar no quarto, o turista se encanta
com a vista da cidade pela janela.
- Finalmente estou no Brasil! -Ele diz,
satisfeito.
Kathleen arruma o filho Vinícius pra sair
e Keyla argumenta:
- Você pretende sair com o Vinícius?
- Sim. Ele tem consulta marcada com o
pediatra e pelo que vejo, já está quase na hora.
- Vá antes que ele perca, então!
- Você cuida do almoço pra mim?
- Claro. -Ela responde.
- Obrigada! -Ela sai, levando o menino
pela mão e fechando a porta.
Em Curitiba, Estela e Wellington dialogam
sobre a sua relação.
- Quer dizer que você não está satisfeita
com o nosso namoro?
- Sim. Eu não estou.
- Qual é o problema afinal? Isso se
existe algum.
- Wellington, você é o problema. Você
está comigo há dois anos e não se decide se quer algo sério.
- Eu não acredito que você pensa em
casamento.
- É claro que eu penso, ora! Eu quero me
casar contigo, Wellington, construir família ao seu lado. Por que não?
- Eu não posso firmar um compromisso
contigo, Estela. – Diz Wellington sério, deixando ela
perplexa.
Próximo Capítulo: 24/05 (20hs)
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