Estela fica irada com a resposta de Wellington.
- Por quê? Você não me ama mais? É isso?
- Eu te amo muito. Mas é que eu não estou pronto.
- Wellington, eu não te entendo.
- Vamos deixar como está, Estela! Eu estou contigo, não estou? Por que não ficamos assim só curtindo?
- Wellington, eu estou cansada de ficar sempre assim. Eu queria algo mais do que isso.
- Estela, me desculpe, mas eu não posso. Se você insistir com isso, eu acho melhor terminarmos então.
- Tudo bem, Wellington. -Diz a jovem, decidindo sair pela porta afora.
- Estela, espera aí! -Ele decide seguí-la.
Estela sai e deixa Wellington sozinho.
Kathleen entra no consultório do pediatra e responde atenta as perguntas do médico, que passa uma série de exames para a criança fazer. Ela agradece gentilmente e sai, levando o filho.
Na rua, os dois decidem parar em frente a um carrinho de doces e compram algumas guloseimas. Hiroshi decide passar por ali pra comprar algo também.
- Oi! -Cumprimenta o japonês a Kathleen, pensando que ela fosse a vendedora, pois o dono não estava ali no momento. -Eu gostaria de comprar esse doce aqui.
Kathleen percebera o engano e disse:
- Não! Eu não sou a vendedora, moço!
- Oh, eu sinto muito! Desculpe!
- Tudo bem.
- E onde o dono está?
- Ele foi ali na frente trocar um dinheiro. Mas ele já está vindo.
De repente, o vendedor chega e pergunta:
- Oi, eu posso ajudá-lo?
- Eu quero comprar esse aqui! -Diz os dois juntos, em uma só voz.
O vendedor sorri sem jeito e Kathleen percebe.
- Desculpe! Fale primeiro!
- Não. Você chegou antes. Por favor!
- Tá legal! Eu quero dois doces de abóbora, um cachorro quente pra levar e um pedaço desse pudim aí. -Ela identifica na vidraça.
O vendedor tira os doces da vidraça enquanto Hiroshi decide o que comprar.
- Mãe, eu quero um biscoito! – O pedido de Vinícius interfere em seu pensamento.
- Filho, eu já comprei os doces. Se eu comprar o biscoito, você não almoça hoje.
- Mas eu quero, mãe! Compra!
- Crianças. -Ela resmunga.
Hiroshi sorri com a cena e diz:
- Meu nome é Hiroshi e o seu?
- Kathleen. -Ela se apresenta.
- E o nome do seu filho?
- Vinícius.
- Bonito nome.
- Obrigada.
- Ele tem uma semelhança contigo.
- Ah é? Minhas amigas dizem que ele tem os meus olhos, mas eu não creio muito.
- Mas elas estão certas. Seus olhos são bonitos e bem parecidos com os dele.
- Obrigada mais uma vez pelo elogio.
- Você mora por aqui mesmo?
- Sim. Moro naquela esquina ali na frente.
- Eu sou um turista. Vim do Japão faz dois dias.
- Nossa! Estou surpresa. Japão é incrível!
- Conhece pessoalmente? -Pergunta ele intrigado.
- Não. -Ela sorri um pouco. - Só conheço mesmo pela televisão ou internet.
- Hum. Estou no Brasil à passeio. Quero conhecer os pontos interessantes desse país.
De repente, o vendedor atrapalha a conversa, entregando os doces a Kathleen e perguntando ao turista o que quer. Hiroshi faz o seu pedido e Kathleen arruma a camisa do filho.
Nesse momento, Daisy chega à casa de Ariosvaldo e o convida a ir à festa de aniversário de sua irmã chamada Nilda. O estudante aceita gentil. Já Rubi decide aproveitar o sábado pra sair para o clube com as suas amigas e Cecília decide sair com Estela no shopping.
Rubi e as amigas entram na onda do pancadão. O funk começa a agitar a galera que estava na pista. Todos começam a dançar ao embalo do som alto.
- Começou a festa, moçada! -Grita o DJ.
A pista já começava a lotar de gente.
No meio da festa, Rubi encontra um amigo e os dois conversam.
- E aí, cara? Como anda o pessoal do estúdio?
- Tá indo, Rubi. A galera não desiste nunca.
- Legal. Qualquer dia, eu passo lá. Falou!
- Já é! -Ele aperta a sua mão.
De repente, um adolescente bêbado surge por trás da Rubi e decide tirá-la à força pra dançar.
- Você está chapado, cara? Vem tirando onda com a minha cara.
Ao ver a situação, o rapaz decide agir em defesa a jovem.
- Qual é o problema, cara?
- Eu quero a mina. Vai encarar? - O adolescente bêbado diz, enlouquecido.
- Vaza daqui! Cai fora. Se não sabe beber, não beba, droga! - Grita Rubi eufórica, interferindo a conversa.
- E aí, não escutou, não? - Questiona o amigo da jovem.
O rapaz alcoolizado se afasta xingando e Rubi agradece ao amigo.
- Obrigado por me defender daquele idiota!
- Não tem de que, Rubi! Vê se da próxima, se liga, ok?
- Claro. Eu tô ligada.
- E aí, vamos curtir?
- Vamos! -Ela se alegra por dentro.
Estela e Cecília dialogam pelo corredor do shopping. - Eu sou culpada por ter levado uma negativa do seu irmão.
- Eu sinto muito, Estela! Mas por que você não tenta conversar com Wellington novamente?
- Eu não acho que valeria a pena, Cecília.
- Amiga, o meu irmão sabe fazer as suas escolhas. No momento certo, ele vai decidir o seu futuro contigo.
- Espero, Cecília. A minha relação com o seu irmão virou um caso. Eu não vou esperar a minha vida toda por ele, não!
Wellington arruma o seu guarda-roupa quando se lembra do seu encontro com Kathleen e Vinícius.
“Jamais imaginei que eu pudesse te ver novamente.”
Ele pensa com seus botões.
Mais tarde, Cecília o encontra em casa.
- Podemos conversar um pouco?
- Oh Maninha! -Ele a abraça. - É claro que sim! Fique à vontade! Como está nossos pais?
- Estão bem Wellington. Eu queria conversar contigo a respeito da Estela.
- Cecília, meu anjo. A minha relação com a Estela não é séria. Você sabe disso!
- Eu não entendo meu irmão. Ela é muito legal. Te ama de verdade. Você parece que não dá a atenção pra ela.
- Foi ela que pediu pra você vir falar comigo?
- Não Wellington. Eu só estou preocupada com você.
- Não precisa se preocupar ok! Eu gosto da Estela sim, mas ela está me forçando à uma situação chata. Eu não quero me envolver com ninguém agora. Eu sempre sigo meu coração Cecília.
- Tá bom Wellington! Você que sabe o que é melhor pra você.
Nesse momento, Kathleen se simpatiza com Hiroshi. Ela conhece um pouco de sua vida e ele a dela. Vinícius também tem um forte apreço pelo rapaz. Entre encontros dali e daqui os dois acabam percebendo uma forte atração um pelo outro. O primeiro beijo de Hiroshi e Kathleen acontece num evento poliesportivo da cidade, onde Keyla participava de um campeonato de futsal feminino.
Já Simone encontra Nair e a cumprimenta em frente a Teófilo, que se irrita:
- Se você tivesse vergonha na cara, você não ousaria responder. -Ele diz a esposa, diante da cabeleireira.
- Teófilo, o que é isso?
- Deixa, Nair. Teófilo está irritado comigo porque sabe que eu não aprovo as atitudes de Rubi.
- E eu não aprovo as suas atitudes, Simone!
- Sua filha merece uma lição e se você não der, eu mesma a darei.
- Faça Simone, que eu lhe jogo na cadeia.
- Pára vocês dois, ora! - Nair pede, irritada. -Teófilo, vai pra dentro! Vamos ser civilizados, ora essa!
- Nair, vamos embora que essa vizinhança me dá nojo. -Diz Teófilo.
- Desculpe, Simone! -Pede Nair, constrangida.
- Tudo bem, Nair! -Diz Simone, séria.
No dia seguinte, Ariosvaldo encontra Cecília com Pietro e se sente chateado ao vê-la junto dele.
Meses depois, Kathleen e Hiroshi decidem namorar. O japonês também comenta à ela que pretende abrir o jogo pra Yuko e Takiro e Kathleen se preocupa um pouco. Arthur decide aprender natação e Nair o apóia. Simone faz sucesso com o seu salão e decide divulgar o seu ponto na rádio local. Rubi continua aprontando nos bailes. Estela decide lutar pelo amor de Wellington e Fábio pretende voltar pra Minas com a mãe Lurdes.
- Tem certeza de que quer mesmo fazer isso? -Pergunta Lurdes.
- Sim, mãe! Eu tenho certeza absoluta. -Responde ele, determinado. - Eu quero ver meu filho!
- E quanto ao Ezequiel? Ele não vai gostar de revê-lo!
- Eu preciso arriscar mãe. Eu errei no passado com a Kathleen. Agora eu quero reparar esse erro. -Diz ele confiante.
Ariosvaldo chega à sala de aula e encontra Daisy sozinha estudando para o teste.
- Posso estudar contigo?
- Claro. Senta aí! -Ela o convida.
- Como foi o seu final de semana?
- Bom e o seu? Se divertiu bastante?
- Sim. Este feriado me fez refletir muito.
- Como assim?
De repente, Cecília entra na sala acompanhada de algumas amigas que sentam próxima da última fila de carteiras. Ela entra devagar, observa Ariosvaldo, disfarça um pouco e senta na carteira ao lado. Por sua vez, o estudante também disfarça e continua a conversar com Daisy.
- Ariosvaldo, aconteceu alguma coisa?
- Por que a pergunta?
- A Cecília entrou e você nem ligou. Parece que você mudou de repente. Está doente? -Ela passa a mão na testa dele, com um ar de zombaria.
Ariosvaldo sorri com o gesto de Daisy e responde:
- Não estou doente. Estou bem. Ah, e antes que eu me esqueça, quer ir à uma festa neste sábado?
- Festa? Agora eu estou percebendo! Você deve estar mesmo doente.
- Você quer ir ou não?
- Mas é claro que eu aceito.
- Ótimo. Eu te pego as sete.
- Espere um pouco! O que realmente aconteceu pra você mudar tanto?
- Daisy, lembra-se dos conselhos que me dava sobre a Cecília, pois bem, eu decidi seguí-los. Da Cecília agora, eu quero apenas amizade e nada mais. -Diz ele, a deixando surpresa.
Nesse ínterim, Wellington procura por sua agenda telefônica e não a encontra. Ele desarruma o seu gabinete inteiro.
Ao chegar ao escritório, Estela decide organizar a sua mesa, quando ela encontra a tal agenda do seu futuro noivo e decide inspecionar todos os seus contatos.
- Wellington não tem jeito. Só falta esquecer a cabeça. Mas pensando bem, o que será que tem nessa agenda? Ele não vai ficar chateado se eu ler, né? -Ela reflete sozinha. - Sabe de uma coisa, eu não me importo.
Ela abre a agenda e folheia as páginas quando um endereço novo cai de uma delas.
- Ora, ora, o que temos aqui? - Ela pega o pedaço de papel. - Kathleen? Quem é essa mulher? - Ela fica indignada.
Verificando a data e o endereço que se dizia ser de Minas acompanhado de um número de telefone, Estela fica lúcida de raiva e supõe que Kathleen não é um nome estranho, pois Wellington lhe falou um dia que conhecera uma Kathleen na infância, ou seja, os dois estudaram juntos. Mas isso fazia muito tempo e ele não a via desde o colegial.
- Eu não acredito que ele esteve na casa dela há meses atrás. Que droga! - Ela fica furiosa.
De repente, o telefone toca e ela muda sua expressão facial ao ver que é Wellington na chamada.
- Oi, Wellington! O que houve?
- Estela, meu amor, eu preciso te perguntar algo?
- Sim. O que se trata?
- Você viu a minha agenda telefônica?
- Ela está aqui comigo.
- Puxa, que bom! Eu estava precisando dela agora.
- Por que você não vem buscá-la?
- Claro. Eu já estou chegando aí. Obrigado!
Antes que Estela falasse alguma coisa, Wellington desliga rapidamente, fazendo com que ela ficasse ainda mais furiosa por dentro.
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