Kathleen faz os afazeres de casa logo pela
manhã, quando Ezequiel volta da rua.
- Pai, o senhor viu a Keyla? Eu estou
super atarefada por aqui e preciso muito da ajuda dela pra cuidar do Vinícius
enquanto eu faço o nosso almoço. - Ela se angustia.
- Não se preocupe, filha. Eu cuido do
Vinícius.
- Pai, o senhor está cansado. Acabou de
chegar do trabalho. Eu não acho legal.
- Fica tranquila. Eu gosto de ficar com o
meu neto, ora.
- Bem, o senhor é que sabe.
- Onde ele está? -Ele pergunta curioso.
- Na sala brincando. -Ela responde.
Ezequiel vai de encontro ao neto e o
chama pelo nome, começando a mimar o menino. Kathleen sorri com a cena do pai e
decide se concentrar no almoço, quando uma vaga lembrança vem a sua mente. Ela
se recorda de Wellington e começa a sorrir sozinha na cozinha.
Nesse ínterim em Curitiba, Teófilo passa
perto do salão de beleza de Simone que o encontra na rua. Ao encará-lo, Simone
não demonstra nenhum tipo de reação e ele não se importa. As vizinhas que
estavam próximas da cabeleireira cochicham uma com as outras e Simone ouve uma
conversa fiada. Ela responde, severamente:
- É desse tipo de gente que eu tenho pena.
A filha faz o que quer e ele não está nem aí.
Na escola, Cecília senta-se com algumas
amigas no pátio e o assunto do dia é Ariosvaldo.
- Eu tenho ele como amigo. -Ela diz pras
amigas.
- Mas parece que ele não vê você como uma
amiga, Cecília. -Responde uma delas. -Ele é caidinho por você. Todo mundo
percebe isso.
- Eu não gosto dele. Vocês deviam
entender isso. Ele jamais faria o meu tipo.
- Cecília, pelo menos dê uma chance ao
coitado. Ele já mostrou que sente algo por você.
- Desculpe, mas eu não posso dar
esperança a quem eu não quero de verdade. Ariosvaldo devia entender isso e
vocês também!
De repente, surge um estudante do ensino
médio chamado Pietro e encontra Cecília.
- Oi, gatinha!
- Oi, tudo bem?
- Tudo. E aí, vai fazer alguma coisa no
fim de semana?
- Bem, eu não tenho nada importante.
- Se você quiser, podíamos sair no
sábado. Que tal?
- Claro. Eu vou adorar. -Ela responde
feliz.
- Eu te pego as sete, ok?
Ariosvaldo sai da sala com Daisy e
encontra Cecília no pátio com as amigas e o rapaz. Ao ver Ariosvaldo, Cecília
decide tomar uma atitude inusitada e beija o estudante nos lábios, fazendo com
que todos ficassem surpresos. Ariosvaldo não consegue acreditar no que vê e
Daisy fica perplexa.
- Agora que você viu aquela cena, vê se
esquece ela de uma vez por todas. Ela não te merece, colega. -Diz Daisy,
severa.
- Como? Eu amo a Cecília, Daisy. Quando
olho pra ela, parece que uma força me atrai sempre á amá-la. Não consigo dormir
sem deixar de pensar nela. Eu quero a Cecília e ponto! Será que você não sabe
reconhecer isso?
- Eu, Ariosvaldo! Eu não tenho culpa de
nada, não. A Cecília está sendo totalmente desleal contigo. Eu estou te dando a
maior força pra você ser feliz seja com ela ou com qualquer outra.
- Desculpe, Daisy. Acho que você tem
razão. Cecília não gosta nenhum pouco de mim e eu sou um tolo em achar que
serei feliz com ela. Desculpe mais uma vez! -Ele sai magoado.
Daisy se sente péssima em relação ao
amigo.
Wellington bate a porta de Kathleen e ela
atende.
- Oi, Wellington.
- Oi. Eu só passei pra me despedir.
- Você vai embora?
- Sim. Eu vou voltar pra Curitiba.
- Legal! - Ela responde, chateada. -Eu
vou sentir falta de nossas conversas.
- Nós podemos manter contato.
- Claro. Eu vou lhe dar o meu número.
Wellington e Kathleen trocam os números
de telefone e sorriem alegres.
- Vê se te cuida, tá legal?
- Ok. E você também, Kathleen!
- Espero que faça uma boa viagem.
- E eu espero que o Vinícius não apronte
muito.
A jovem Kathleen sorri com a brincadeira
do amigo e os dois apertam as mãos.
Wellington sai olhando pra trás e Kathleen
não consegue desviar o olhar. Ela tira do bolso o endereço dele e observa
atentamente.
Rubi encontra Débora no pátio da escola e
as duas se encaram. Uma das amigas de Rubi aconselha à deixar a estudante em
paz e Rubi não obedece.
- Eu jamais deixaria uma oportunidade boa
passar em minha frente. -Ela responde.
Débora se sente ameaçada, mas não se
intimida. Rubi começa a confusão pra alegria dos alunos que se divertem ao ver
as duas brigarem feio. Cecília e Mel decidem ajudar Débora.
- Por acaso, você é mãe dela? -Provoca
Rubi, cheia de raiva.
- Não. Apenas amiga. - Cecília diz, sem
medo. - Se você quer brigar com ela, por que não me enfrenta primeiro?
A diretora interrompe a confusão e
pergunta quem começou.
Mel responde:
- Foi a Rubi. -Ela diz.
Na sala da direção, Rubi tenta se
defender, mas não consegue. A diretora lhe dá uma semana de suspensão e Teófilo
não se conforma.
- Nair, eu vou até a escola. Eu vou
exigir que a diretora desista dessa ideia absurda de suspender as aulas de
minha filha.
- Teófilo, eu não vou me importar com a
Rubi. Como você disse, ela é a sua filha e eu não tenho nada a ver com isso. -Ela
diz, saindo da sala e o deixando irritado.
Kathleen conta a Sheyla que Wellington
irá voltar pra Curitiba e a jovem se entristece pela amiga.
- Por que você não viaja com ele?
- Sheyla, você está doida? Wellington tem
uma namorada por lá.
- Eles não se casaram, amiga.
- Mesmo assim, eu não acho uma boa ideia.
- Você vai deixar o seu paquera ir
embora?
- Sheyla, por favor, né? Você está
cansada de saber que Wellington e eu seguimos destinos diferentes. E também tem
o Vinícius. Ele não pode ficar sem mim agora.
- Se você decide assim, não sou eu quem
vai tentar te dizer o contrário, né? Só espero que você não se arrependa
depois. E quanto ao seu filho, é claro que você não precisa abandoná-lo, mas o
Wellington está de volta, poxa! Você não pode deixar essa oportunidade escapar
novamente.
Enquanto isso em Japão, na cidade de
Tókio.
Hiroshi despede-se de seu pai Takiro, que
o abraça fortemente.
- Sentirei sua falta, meu filho.
- Eu também, meu pai. Prometo telefonar quando desembarcar no
Brasil.
- Eu vou esperar a sua ligação. -Ele
responde, entristecido.
- Adeus, meu pai! - Ele diz, em lágrimas.
- Adeus!
De repente, Yuko surge para a surpresa do
rapaz e os dois se abraçam fortemente.
- Eu não quero que vá embora de Tókio!
- Eu não estou indo embora. Eu só estou
fazendo uma viagem que desejo muito. Mas brevemente estarei de volta.
- Você é a luz da minha vida Hiroshi. Eu
não saberei viver sem você aqui.
Ele aperta a sua mão contra o peito e o
beija delicadamente.
- Eu também sou a luz da sua Yuko. Eu
tenho que ouvir meu coração e algo me diz que preciso fazer essa viagem. Eu
esperei muito por isso.
- Eu sei meu amor. Eu só quero que você
fique bem em um país estrangeiro e que volte pra mim o mais rápido possível.
- Promete que ficará bem?
- Sim Hiroshi. Eu vou ficar por você. -Diz
Yuko emocionada.
Hiroshi a abraça e a beija nos lábios.
Takiro vê a cena e se sente entristecido pelo filho fazer essa viagem.
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