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Oitavo Capítulo de Encontros Casuais


Ariosvaldo senta junto com Daisy no refeitório e os dois conversam bastante. Mel percebe a mudança radical do rapaz e decide cochichar com Cecília.
- Você não está percebendo como o Ariosvaldo está diferente?
- Diferente, como?
- Diferente, ora.  Desde que chegou à escola, ele mudou os olhares. Antes, não parava de olhar pra você.  Agora, parece que ele se focou pra Daisy.
- Mel, o que está insinuando?  Se ele está diferente, é problema dele.
- Acho que ele desistiu de você.
- Bom pra mim, né?
- Cecília, se ele mudou mesmo, acredito que você o perdeu. Veja como ele está com a Daisy! -Ela aponta.
- Mel, vamos mudar de assunto, ok?
- Tudo bem.  Mas ouça amiga: você não pode se arrepender agora.  Você deu chance pra isso acontecer.  Foi você mesma que não quis o sentimento dele.
Cecília a encara séria e decide sair da mesa, fazendo com que Mel percebesse a sua reação estranha.


Amigas Conversando

Ezequiel espera com as suas compras no caixa do supermercado, quando uma mulher um pouco mais nova do que ele, lhe pergunta pelas horas. Ele responde, gentil e a deixa passar em sua frente. A gentil mulher paga as compras e sai porta afora. Ezequiel paga e sai também, levando as sacolas. Por um rápido momento, a mulher não consegue abrir o porta-malas do seu carro e Ezequiel ao vê-la naquela situação, decide ajudá-la. Ele abre o porta-malas e ela agradece gentilmente.
- Qual é o seu nome?  -Pergunta ele.
- Yoná! -Ela responde.
- Prazer. O meu é Ezequiel.

Enquanto isso, Hiroshi telefona para o pai que deseja muito vê-lo de volta ao Japão. Ele decide contar ao pai sobre o seu relacionamento com Kathleen.
- Eu não posso voltar agora, pai!
- Por que não, Hiroshi? Seu lugar é aqui!
- Pai, eu preciso te falar algo.  Eu conheci uma pessoa.
- O quê? Você não pode ter feito isso!
- Eu estou namorando ela e provavelmente, iremos nos casar.
- Você está louco, Hiroshi. Você saiu daqui á trabalho e não pra se relacionar com ninguém.
- Pai, tenta me entender. Eu estou vivendo bem. Ela se chama Kathleen e tem um filho.
- Um filho? Você está me dizendo que namora uma mãe solteira?
- Sim. Qual é o problema disso?
- Você não tem juízo mesmo. Sair daqui da nossa casa pra viver uma aventura ao lado de uma mãe solteira.
- Pai, por favor, não vamos discutir, ok! Eu amo a Kathleen e sei que ela também me ama. Eu gosto do Vinícius e o trato como se fosse do meu sangue.
- Você é um tolo! E quanto á Yuko? Sua ausência está a fazendo sofrer aqui em Tókio. Ela sabe que você conhecera uma brasileira?
- Eu ainda não falei com ela meu pai. Eu resolvi falar com você antes de tudo.
- Quero você de volta em três dias.
- Eu não vou voltar. Só volto quando tiver casado com a Kathleen.
- Hiroshi, você não brinca comigo, senão eu arrumo as minhas malas e vou direto pra aí.
- Pai, preciso desligar agora. Tenho que levar o Vinícius pra escola.  -Ele desliga sem dar nenhuma importância.
- Hiroshiiiiiiii!  - Se ira Takiro.
Kathleen ouve toda a discussão e pergunta:
- Como o seu pai ficou?
- Ele ficou transtornado.
- Eu não quero lhe causar problemas.
- Você não está me causando problema nenhum. Meu pai tem que entender que eu sou dono da minha vida. Eu faço o que eu quiser e ponto.  Não importa o que ele diga ou faça, eu nunca vou deixar de seguir o meu objetivo.
- Eu tenho tanto medo de que ele possa te prejudicar por minha causa.
- Não. Não pense assim, meu amor. Não tem que ter medo dele.  - Ele diz, a beijando e abraçando-a carinhosamente.

Wellington chega ao escritório e pega a agenda na mesa de Estela e sai em imediato. Estela o segue, confusa e o interroga:
- Wellington, o que está havendo?
- Estela, eu não sabia que estava aí?
- Por que está com tanta pressa?
- Eu deixei um amigo no telefone.
- Ah, sei.  E você se incomoda de deixá-lo esperando um pouco mais?
- Não. Por quê?
- Wellington, você parece que não está nem aí pra mim.
- Não é isso, meu amor.  Eu te curto muito, mas agora eu preciso ir.
- Espere! -Ela o beija fortemente.
Wellington se afasta e sai porta afora.
“O que será que ele anda aprontando”
Ela fica cismada.


Beijo

Nesse ínterim, Cecília se aproxima de Ariosvaldo e Daisy se entristece ao vê-la. A jovem decide dialogar com o estudante que estava atento na leitura.
- Ariosvaldo, eu lhe incomodo?
- Não. -Ele responde, friamente.
- Que bom! Eu vim lhe fazer um convite.
- Convite?
- Sim. Eu vim te convidar pra ir numa festa que vai acontecer no sábado à noite.
- Eu sinto muito, Cecília, mas não vai dar pra ir. Eu tenho um compromisso. Acabei de marcar com a Daisy.
- Bom, eu entendo.  Deixa pra próxima, então?
- Quem sabe, né?
- Até logo, Ariosvaldo!
- Até! -Ele responde.
Daisy chega e pergunta o que ela queria.
- Ela veio me fazer um convite.
- E você aceitou?
- Não. -Ele responde.
- Eu não acredito que você deu uma negativa pra ela. -Diz ela sorrindo por dentro.
- Pode acreditar.  Eu dei, sim.
- Por quê? - Ela fica curiosa.
- Por que agora eu tô em outra, Daisy.
- E quem seria essa felizarda?
- Você!  -Ele responde confiante.
Daisy fica perplexa com a resposta.

Na esquina, Wellington liga pra Kathleen e fica surpreso quando Hiroshi atende.
- Desculpa, com quem eu falo?
- Com o namorado dela. Mas quem é?
- Eu sou um amigo. Meu nome é Wellington.
- Oi, Wellington. A Kathleen não está. Você quer deixar algum recado?
- Não. Obrigado. Valeu mesmo!  - Ele desliga o telefone.
Hiroshi põe o telefone de novo no gancho e volta a ler o livro, quando Kathleen volta da rua.
- Oi, Hiroshi.  Como estão as coisas?
- Bem.  Eu já levei o Vinícius pra escola.
- Tudo bem.
- Ah, e antes que eu me esqueça: alguém te ligou!
- Quem? -Ela fica curiosa e ao mesmo tempo, pensativa.
- Foi um cara chamado Wellington. Você o conhece?
Kathleen leva aquela pergunta como um baque.

Cecília diz a Mel que Ariosvaldo não aceitou o seu convite, pois ele já marcara um compromisso com a Daisy e a amiga aconselha a não procurá-lo mais.
Já Daisy acredita que o amigo Ariosvaldo está completamente fora de si.
- Por que está tentando se enganar?  Você ama a Cecília e não a mim.
- Engano seu!  Eu a amava. É passado. Hoje eu amo você!
- Me esquece, ok!
- Eu não posso esquecer de você, Daisy. -Ele se aproxima e a beija nos lábios como de imediato.
Cecília chega na hora e se surpreende ao ver a cena.



Próximo Capítulo: 31/05 (20hs)
Amante da Poesia e Escritor aspirante à Autor de Telenovelas, focado em Marketing, Web Designer, ouvinte de boas músicas e Fã da saga Marvel.

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