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Terceiro Capítulo de Atração Fatal

Suzi se aproxima do apartamento de Regina e encontra a porta semiaberta. Cômodos arrumados, nenhum sinal de perigo. A sala estava solitária e a cozinha não estava muito limpa. Por enquanto, nenhum vestígio de Matt por ali.

Ao entrar, Suzi se surpreende ao ver as fotografias de Regina espalhadas em porta-retratos belíssimos. Ela pega uma foto com calma e fica atenta a cada detalhe. De repente, ela leva um susto com uma pergunta incomum:

– Ela não era linda? – pergunta Matt.

Suzi deixa a foto assustada e vira-se.

– Sim. Ela era muito bonita.

Matt fica com um olhar sério.

– O que faz aqui, Suzi Vielmont?

Suzi abaixa a cabeça e tenta encontrar respostas possíveis para aquela pergunta e imediatamente, sem hesitar, diz:

– Eu vim te ver, Matt!

Matt fica surpreso com a resposta da jovem.


Que Surpresa!

– Como assim, me ver? Você não pode estar aqui. Tem que ir embora.

– Desculpa. Eu percebi a porta semiaberta e decidi entrar.

– Foi um erro meu não ter trancado, mas preciso que saia.

– O erro também foi meu por ter entrado, mas já que estou aqui preciso falar uma coisa.

– Tudo bem. Conversamos lá fora. – diz Matt.

– Se eu não disser agora, não vou dizer lá fora.

– Então fale, Suzi!

– Acho que tenho uma certa tara por policiais. – Ela revela, deixando-o mais sério.

– Eu não quero te iludir, mas sou um homem casado.

– Mas não capado! – diz ela, colocando a mão no peitoral dele e deslizando pra baixo.

– Está tentando me seduzir, Suzi?

– Você acha que eu não conseguiria seduzi-lo?

– Só acho que você não entendeu a nossa conversa. Não pode ficar nesse apartamento e nem portanto, comigo.

– Policial, não se pode negar a uma oportunidade que aparece repentinamente, não acha? – diz ela, levando a mão ao volume da calça dele e o deixando um pouco excitado.

– Não brinca com fogo, Suzi!

– E quem está brincando, aqui? – Ela diz, sussurrando em seu ouvido.

 

 

Brendha se desespera ao ver sua mãe morta e os vizinhos a confortam. O delegado local recebe a informação do assassinato de Dinorah e fica preocupado.

– Mais uma vítima! Não é possível! – diz ele, saindo às pressas.

 

Enquanto isso, Suzi provoca Matt, desabotoando sua camisa e seu cinto.

– Suzi, o que está fazendo? Eu estou á trabalho!

– Matt, relaxa! Eu sei que no seu íntimo, você me quer.

– Eu não posso, Suzi! Eu sei que você é linda, mas eu tenho esposa e filho. Eu não posso trair a minha esposa. – diz Matt, tentando se controlar.

– Relaxa, gato! – Ela pede.

– Isso tudo está muito estranho. Você entra aqui do nada e remexe nas coisas...

– Silêncio! – Ela faz um gesto e lhe tasca um beijo.

Suzi tira a blusa e o sutiã, expondo seus seios à mostra. Matt fica hesitante, mas não consegue controlar o seu desejo de possuí-la ali mesmo.

– Eu sabia que você não iria resistir! – Ela diz nos ouvidos dele, em tom baixinho enquanto ele a agarra fortemente.

De repente, o telefone toca e Matt decide atender ao chamado, mas Suzi o detém.

– Pode ser importante, Suzi!

– Relaxa, Matt! O importante é que estamos fazendo agora. – Ela responde, lhe dando um beijo nos lábios e afastando dele o celular.



Matt se desfoca das suas obrigações, transando com Suzi e acaba esquecendo do mundo lá fora, perdendo as chamadas telefônicas do Sr. Smith.

 

Mais tarde, Matt encontra Sr. Smith na casa de Dinorah.

– Desculpe pelo atraso. Eu recebi o seu chamado. O que houve?

– Matt, onde você estava? Eu te liguei que nem louco pra avisar que houve mais uma vítima.

– O que houve? E por que estamos na casa da Dinorah?

– A Dinorah foi assassinada, Matt! – Ele revela, sem piedade.

Matt engole a seco.

Ao analisar o corpo, o policial comenta com o delegado.

– Há quanto tempo está aí?

– Mais de uma hora e meia. – responde ele.

– Quem teve coragem de matá-la?

– Essa pergunta não sei responder, mas provavelmente, alguém sabe que você a visitou e que está investigando o caso.

– Primeiro Regina, agora Dinorah! Isso significa que haverá outros.

– O que você está insinuando?

– Tenho que conversar com mais dois amigos de Regina: Anderson e Justine!

– E quanto ao Olivier? Acha que ele corre perigo?

– Claro, delegado! Temos que protegê-lo o mais rápido possível! E quanto á filha da vítima?

– A Brendha está segura. Mas eu concordo plenamente, meu amigo! – diz o delegado, consentindo. – Matt, você está bem? Parece nervoso? – Ele percebe sua expressão.

– Não é nada, Sr. Smith! – Tenta disfarçar Matt.

– Matt, somos amigos há muito tempo. Eu te conheço como se fosse meu filho. Diga o que está sentindo! Se abra comigo!

Matt fica em silêncio, mas depois desabafa.

– Eu traí a Christine, Sr. Smith!

Sr. Smith resolve se sentar numa cadeira da cozinha, tomado pelo impacto daquela revelação e Matt continua.

– Eu não sei o que me deu na cabeça que não consegui resistir à tentação dela.

– Matt, quem é essa mulher que te deixou assim, meu amigo?

– Foi uma louca que conheci há pouco tempo, mais ou menos, uns dois dias atrás. Enfim, já aconteceu! Não tem como voltar atrás.

– Matt, que loucura! Eu sei que é difícil resistir à tentação de uma mulher, mas eu nunca imaginei que você pudesse agir assim. Sempre foi um homem digno, responsável!

– Sr. Smith, não me incrimine! Eu sei que fui um completo idiota, mas não vai acontecer mais! – diz Matt, abaixando a cabeça e colocando suas mãos na nuca.

– Pelo menos essa mulher tem nome?

– Sim. Suzi Vielmont. – Ele responde. – Até agora, não acredito no que fiz!

– Não fica assim, Matt! O que aconteceu foi apenas um deslize. Eu estive com a sua esposa em meu escritório.

– Christine? O que ela queria?

– Veio falar sobre o seu trabalho e pela cara dela, você não podia ter se envolvido neste caso. – responde o delegado, deixando Matt em silêncio. – Mas não se preocupe! Eu conversei com ela e acho que no final da nossa conversa, ela deve ter entendido que se continuasse agindo como age, ela iria te perder, meu amigo. Agora, por favor, não cometa outro deslize! Christine não merece.  – diz ele, sério.

Matt fica pensativo.

 

Em casa, Matt põe Renan pra dormir e Christine observa da porta do quarto.

– Será que ele vai se adaptar na nova casa? – pergunta ele.

– Não sei. Ele adora a escola, os amigos dessa cidade.

– Será difícil, mas não impossível! Ele vai fazer novos amigos e com certeza, vai curtir a casa nova que compramos.

– Assim espero. – Ela diz, arrumando o lençol sobre o menino. - Como anda as investigações?

– Eu não tenho nenhuma informação coerente.

– Espero que consiga terminar logo esse caso.

Matt desliga a luz do quarto e sai acompanhada de Christine.

– Eu queria pedir desculpas por sempre me opor no seu trabalho.

– Tudo bem. Não precisa pedir desculpas. Eu sei que o meu trabalho está me deixando sem tempo pra você e para o Renan.



– Eu só quero te ver feliz, meu amor! Se você se sente melhor trabalhando, o que eu posso dizer, né? Eu não quero que a gente discuta mais!

– Eu também não quero, Christine! Quando eu fechar esse caso, vou tirar férias e prometo que a gente vai ser feliz juntos na nossa nova casa ao lado do nosso amado filho e as coisas vão melhorar pra nós dois.

– Claro, meu amor! Eu vou estar contando os minutos pra isso acontecer. – diz Christine, o beijando nos lábios e lhe envolvendo num grande abraço.

Seremos Felizes

No dia seguinte, Matt tenta consolar Brendha pela perda da mãe e a tia fica arrasada pela situação ocorrida. De repente, um rapaz alto e magro surge porta adentro e Brendha o abraça fortemente. Matt observa.

– Você está bem, Brendha? Eu sinto muito por sua mãe. – diz o rapaz.

– Eu não queria que ela morresse, Anderson! – diz a menina.

Matt finalmente conhece mais um integrante do círculo de amizades de Regina.

– Bom dia! Meu nome é Anderson. – Ele o cumprimenta.

– Bom dia!  Eu me chamo Matthew.  – Ele responde e depois, lhe pergunta: – Você é amigo da família?

– Sim. Dinorah era quase uma irmã pra mim. Por quê?

– Anderson, eu sou policial investigativo e estou trabalhando pra resolver o caso de Regina Winston. Posso conversar com você por alguns minutos?

– Ah, claro! – responde ele, sem hesitar.

 

Enquanto isso, Suzi telefona para o desconhecido e avisa que já chegou o pacote.

– Você já desembrulhou? – Ele pergunta.

– Ainda não. Decidi te ligar antes pra saber se eu posso ou não?

– Claro. Pode sim, Suzi! E não esqueça: depois que abrir o pacote, você precisa cumprir a sua missão.

– Eu sei exatamente o que fazer. – Ela desliga.

Com o pacote em mãos, ela tenta manter a calma e a ansiedade.

“Vamos ver o que temos aqui!”

Ela pensa.

 

Neste momento, Matt dialoga com Anderson.

– Você conhecia bem Regina?

– Sim. Ela era uma grande amiga.

– Qual foi a última vez que a viu?

Dois dias atrás. Eu estive na casa de Juliet e almoçamos juntos.

– Certo! E quanto á Dinorah? Qual foi a última vez que a viu?

– Ontem mesmo. Eu estava ajudando-a a colocar algumas coisas no carro pela manhã. Depois que terminei meus afazeres, nos despedimos e cada um seguiu seu rumo.

– E não voltou mais na casa dela ontem?

– Não, policial! Por que me interroga, afinal? Acha que eu a matei? – Ele se sente irritado e começa a agir com ignorância.

– Eu não estou insinuando nada, Anderson. É o meu trabalho saber!

– Você está cometendo um erro falando comigo. Enquanto você faz as perguntas aqui, outra pessoa pode estar correndo perigo lá fora.

– Não entendi! Pode ser específico?

– Você acha que Dinorah foi a última pessoa a morrer? Acho que não! Tenho mais amigos, Matthew!

– Eu só queria entender os motivos que cercam esses assassinatos. Alguém está ciente que eu vou descobrir toda essa rede de falsidades e segredos e estão tentando me impor certos desafios. Sabe me dizer quem está por trás disso tudo?

– Matthew, eu não sei de nada! Portanto, o que sei já lhe disse nessa sala. Regina e Dinorah foram vítimas inocentes e eu não quero mais perder nenhum amigo ou ente querido nesta vida. – diz Anderson, determinado.

– Você tem a minha palavra que seus amigos serão protegidos!

– Fala sério, policial! Nunca se sabe o que será de amanhã. Pode ser eu ou você o próximo!

– Você fala de um jeito que parece estar ciente de algo que não sei. - insiste Matt.

– Eu acabei de perder uma amiga minha. Por favor, exijo que respeite o momento e pare de me interrogar. – diz Anderson, já tenso com toda a situação.

Matt pede desculpas e se afasta do rapaz que decide ficar próximo de Brendha. Smith olha para Anderson e comenta com Matt que algo está muito estranho por ali.

Com o passar dos dias, após o corpo de Dinorah passar pela autópsia, a pedido da tia dela é cremado conforme era o desejo da vítima. Família e amigos estavam presentes, inclusive o próprio delegado e o policial Matt.

 

Mais tarde, Anderson sai da casa da tia de Brendha e toma seu carro Siena vermelho e liga os motores. Do outro lado, Suzi acende um cigarro e o observa em seu carro Corsa branco. O Siena sai apressado e Suzi o segue. Anderson, que estava com o celular conectado no painel do volante, decidiu fazer uma ligação.

– Pode falar! O que você quer? – pergunta a voz.

– Eu só queria te avisar que aquele policial vai ser o encalço no nosso sapato.

– O que você disse a ele?

– Nada demais! Mas eu estou preocupado!

– Não fique! Vamos pegá-lo antes que ele saiba a verdade. Agora, mantenha contato assim que tiver novas informações.

– Pode deixar!

De repente, ele vê um corsa o seguindo por detrás.

– Essa não!

– O que houve? – pergunta a voz.

– Estão me seguindo. O que faço?

– Aja naturalmente e tenta não deixar rastros.  – Ele ensina.

– Vou ver o que faço aqui. Preciso desligar!

– Ok! – Responde a voz. – Firmeza!



Anderson desliga o celular e segue em frente a toda velocidade. Suzi o segue e tenta não o perder de vista.

Seguindo


*Próximo Capítulo: 23/03 - 20hs
Amante da Poesia e Escritor aspirante à Autor de Telenovelas, focado em Marketing, Web Designer, ouvinte de boas músicas e Fã da saga Marvel.

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